Pedra Lançada — Lançamento + Performances + DJ set

Pedra Lançada — Lançamento + Performances + DJ set
Gaivotas Em Terra

Luara Raio, Luan Okun & Sound Preta

Pedra Lançada — Lançamento + Performances + DJ set


Sábado • -

Duração: 240min
𝐁𝐈𝐋𝐇𝐄𝐓𝐄𝐒: ENTRADA LIVRE
: : : : : : : : : : : : : : os diferentes valores não correspondem a uma diferença de lugares, apenas permitem que se pague o mínimo ou, sendo possível, que se contribua com mais para apoiar xs artistas

Reservas: €

Pedra lançada é o evento de lançamento do livro-oráculo Pedra y Apocalypso de Luara Raio. O gesto de lançar implica impacto e recepção. Implica vibração e reverberação, também quebra, fratura, estilhaçamento, atravessamento. O título faz referência ao provérbio de matriz religiosa Afro-brasileira que diz Exú matou um pássaro ontem com uma pedra que atirou hoje. Nesse dia, receberemos e atiraremos pedras na encruzilhada entre dança, palavra, espiritualidade e performance celebrando e conjurando mundos para lançar feitiços na espiral de tempo.

<3 magia – erotismo – dança – performance – palavra – feitiço <3

Proponho lançar palavras no seu ouvido como se jogasse uma pedra na água. O impacto rasga a superfície e cria ondas que vibram até a margem, da margem as ondas voltam até centro e começam a reverberar o impacto umas nas outras. Enquanto isso, a pedra atinge o fundo.

Será um evento de 4 horas, com uma performance-ativação de Pedra y Apocalypso, por Luara Raio, uma performance do artista convidado Luan Okun, e pra fechar, bateção de raba no djsexy finíssimo de SoundPreta. Teremos também estande aberto pra venda de edições de artistas LGBTQIAP+ e artistas racializades.

< ou seja, traga seu zine/livro/edição e exponha para venda junto com a gente. >
Mais infos sobre o estande >> email para >> prod.mpaula@gmail.com

O JEITO QUE O CORPO DÁ * DESMONTAGEM
performance do Luan Okun

Encontrar diversas formas de se levantar, de movimentar e, assim, mover estruturas condicionadas ao corpo gordo racializado e dissidente na diáspora. Ativar poderes pelo destravar da pélvis, fortalecer a base, balançar o estabelecido. Como é passar pelas desgraças coloniais? E se for rebolando? Como se configura a falha? Romper, não só com os acentos e zíperes, mas com tudo que for posto como limite, como único, como correto, como cistémico. Evidenciar, de forma cômica ou trágica, as rasteiras que a normatividade me dá diariamente.

E como se dá o levantar desse corpo? E quando esse corpo não se levanta? E se é lento? E se já não caminha da mesma forma?

Compartilhar tecnologias de sobrevivência, a começar pelo mover do cu. Passando por todo corpo, inclusive pela boca através de magias lançadas em forma de recordações guardadas em palavras.

“Dialogar com o público sobre as temáticas que perpassam minhas vivências e tem ligação direta com o fazer artístico. A performance conta com a utilização de experiências sensoriais que tem como intuito ativar a plateia, percebendo o que o cheiro, som, imagem e ‘erros’ causam em cada um.”

Luan Okun, trans, não binário, nascido em Ituiutaba no interior de Minas Gerais, começou os estudos artísticos no ano de 2014, cursou teatro pela Universidade Federal de Uberlândia, onde deu início às produções artísticas e performáticas. Utiliza da corpovivência e das encruzilhadas como a principal ferramenta para o fazer, compreendendo que o movimentar de uma corpa dissidente de gênero, racializada e gorda vem do desejo e força individual de romper com estruturas condicionantes ao seu corpo pela normatividade e colonização.
Atualmente vive em Lisboa, e pesquisa métodos de sobrevivência a partir da falha, reconexão pélvica e do reconhecimento do cu como potencial político, poético e mágicu. Em 2020 contribuiu com a materialização da Casa T Lisboa, nesse tempo participou de alguns trabalhos, dentre eles o seu projeto individual de performance “O jeito que o Corpo dá”, actuou na peça de teatro “Cosmos” com direção de Isabél Zuaa, Nádia Iracema e Cléo Diária, também participou da produção executiva dos clipes “Bruxonas”, “Hetero Curioso” e “Festinha 360” da Artista Puta da Silva.
A pesquisa sonora de SoundPreta começou em 2016 no Brasil, lugar de onde vem suas inspirações musicais. Desde então, o projeto já cruzou muitas fronteiras até chegar às pistas, palcos, festas e performances de cidades como Porto, Lisboa, Paris, Berlim e Ponta Delgada.
Atualmente, SoundPreta tem focado em beats de Trap, Grime e Drill, mas também em Funk brasileiro e sonoridades eletrônicas como Miami Bass. Enquanto produtora, também assina a Making Love, uma festa de R&B, neo soul, Lo-fi Trap e outros. É a festa onde sonoridades novas e antigas fazem amor. Soundpreta é também uma resposta à pouca representatividade de DJ’s e produtoras negras no cenário português.
Performer, dançarina, cantora e coreógrafa de funk sapatão, Luara Raio formou-se em artes cênicas entre Brasil, Portugal e França: na Universidade de Brasília, no Forum Dança em Lisboa e ex.e.r.ce no CCN de Montpellier-Occitanie. Ela foi cantora e compositora do grupo funk Sapabonde de 2010 a 2015, viajando por muitas cidades do Brasil.
Em Portugal, trabalhou com João Fiadeiro, Mariana Tengner Barros, Ana Borralho e João Galante. Em 2016, ela criou sua primeira peça, o dueto Chubby Bunny, assim como sua Flecha solo. Em 2019, ela criou a Trilogia Da Encruzilhada, uma série de danças na intersecção entre espiritualidade, imaginação e performance. Dentre elas raioraio lamalama, Manguba e APOCALYPSO. Seu trabalho está enraizado em uma perspectiva sapatão, racializada e anticolonial do corpo que pretende ativar feitiços e fraturas nas representações hegemônicas de gênero, raça e do corpo. Atualmente ela vive em Paris, onde colabora com outros artistas e continua suas pesquisas autorais sobre macumba, imaginária, incorporação e performance.

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