Colectivo Casa Amarela
JEJUM#20 — Ricardo Nogueira Fernandes + Louis Wilkinson
Colectivo Casa Amarela (CCA) e a Rua das Gaivotas 6 iniciaram uma parceria em 2021 que propunha uma ocupação curatorial de música, cuja periodicidade seria mensal. A fórmula é simples: um sábado ao mês, o CCA dá a conhecer umx artista sonoro e os seus mais recentes trabalhos.
O foco é apresentar o melhor do que se produz e do que se ouve no panorama da música electrónica e arte sonora, abrindo espaço para a disseminação do tecido experimental português na área da música.
Os concertos em JEJUM já promoveram estreias, colaborações inusitadas, twists inesperados, e actuações duplas.
No palco principal da Rua das Gaivotas 6 abre-se o apetite e deixa-se ouvintes famintxs.
Sempre aos sábados, ao final do dia. Pela hora da fome. De preferência em jejum.
Ricardo Nogueira Fernandes
Ricardo Nogueira Fernandes, nascido no Porto, a par do trabalho de arquitectura e desenho, desenvolve um percurso musical que procura a relação entre som, espaço e corpo.
Faz cobertura desenhada de eventos musicais desde 2015 e desde 2016 que faz a cobertura do Amplifest nestes moldes.
Em 2019 criou o projecto ∩ – símbolo de intersecção, intersectiō em latim. Em Setembro do mesmo ano lança o EP PURGA em edição de autor e figura na lista de 20 Revelações Nacionais desse ano da Threshold Magazine. Contribuiu com desenho de som para as instalações “AINDA” e “FORMA INFORME” do Colectivo Suspeito. Compôs também música original para as peças de dança “SCHULD” e “DISCURSOS. através do movimento, espaço e memória”, de Sara Garcia. Entre 2018 e 2019, colaborou com a revista Rimas e Batidas na publicação mensal dos ensaios “Diálogos entre som e espaço”. Entre 2021 e 2022 apresentou o cine-concerto BLUBLAUBLEUAZUL com Benjamim Gomes, a convite do Cineclube EA, e editado pela Leviatã.
Louis Wilkinson
Artista inglês/português que desenvolve o seu trabalho na cidade do Porto. O seu interesse dirige-se para a exploração da relação da música electrónica (experimental e dança) com comunidades artísticas marginais. As influências musicais das quais provém a sua música englobam tanto o experimentalismo de La Monte Young como o dub techno de Basic Channel, acrescentando o trabalho escrito de Mark Fisher que adquire um papel significativo na base da sua produção musical. À semelhança dos trabalhos já gravados, onde a repetição e a duração das peças fazem parte integrante do processo, também os seus concertos recompensam o ouvinte paciente neste sentido, ainda que nestes momentos o artista realce a fugacidade da atuação através da improvisação. O seu trabalho mais recente, Advanced Shipment Tracking, que foi editado recentemente em formato cassete pelo Coletivo Casa Amarela, é alvo de apresentação.