Cult é a celebração constante que nos rodeia, a sagrada confusão do deus do dinheiro. O vazio espiritual deixado pelo declínio da religião tradicional é completado pelo capitalismo. Enquanto não nos movermos, ficamos a ver o demónio a jogar minigolfe.

Mas… hey! A queixinha é uma coisa tão de ontem… deve haver respostas melhores à crise do que só a nostalgia – vamos pensar no amanhã. O amanhã não está escrito e deve haver reações melhores à crise moral do que simplesmente chamar pelo paraíso perdido.

Excelentes performers proferem várias rezas para um amanhã melhor. Seja através da dança ou a cantar Puccini, eles exercitam um novo pensamento: como e o que é que podemos nós aprender das sociedades tribais? Como se organizam os lobos em alcateias? Pode a humanidade ser como uma mão? Os dedos todos juntos com uma só intenção; um punho? Poderá existir mais unidade comum sem desistirmos de nós próprios?

O sistema vai continuar depois de nos irmos, isso é uma certeza.
O espetáculo esteve em cena no Platform Theatre em Londres no dia 27 de maio, e estreou no Festival Internacional de Artes Performativas de Mainz no dia 1 de maio de 2016.

ficha técnica e artística

direção Georg Bütow
coreografia Martina Conti e Georg Bütow
performers Martina Conti, Mathias Berndt, Isabella Bruno, Óscar Silva, Georg Bütow
som, paisagem sonora, música e composição Francis Botu, Erik Lintu and Zeeshan Azad
figurinos Veronica Toppino
design e cenografia Georg Bütow