PARK KEITO & CUMPLICIDADES
ROKATEI

ROKATEI é uma obra coreográfica que cruza corpo e som, tendo como ponto de partida os poemas tanka de Takahide Nishiwaki. Breves impressões e reflexões intemporais que abordam a condição efémera do ser humano e a relação com a natureza. ROKATEI significa “a cabana das seis canções”. Duas pessoas em palco num movimento de tradução através de diferentes ficções, em torno de um núcleo utópico. Procuram e constroem paisagens através da incorporação, da transformação do espaço e das palavras. Esta cabana é um abrigo frágil, uma estrutura forte como uma rocha, mas também vulnerável num terreno húmido, um abismo numa caverna… Diversas implicações simbólicas que se desdobram ao longo do espetáculo, levantando questões sobre o ciclo da vida.
Ficha Técnica e Artística:
Conceito, criação e interpretação: Park Keito
Texto: Takahide Nishiwaki e Kotomi Nishiwaki
Criação sonora e musical: Miquel Casaponsa
Desenho de luz: Ivan Cascón
Design de figurinos: Andrea Otín
Cenografia: Park Keito
Apoio à dramaturgia: Quim Pujol
Olhar externo: João Lima
Técnico de som: Rodrigo Rammsy
Co-produção: Eira, Mercat de les Flors, Festival TNT
Colaboração/residência: TNT, La Caldera, CRA’P

PARK KEITO é uma associação estabelecida em Barcelona desde 2017, por Kotomi Nishiwaki e Miquel Casaponsa. Unidos por diferentes disciplinas como o movimento, o som e a arte visual, dedicam-se a compor e explorar trabalhos cénicos e instalações. Paisagens artificiais são criadas nas fronteiras entre o minimalismo radical e a profunda exageração. Utilizam elementos como degradação, transformação, traços, ressonâncias e a perceção do tempo para a composição.
A dupla Park Keito tem sido convidada como associada para residências artísticas em espaços como Les Bains Collective, Sala Hiroshima, AltoFest e Festival TNT, entre outros. As suas produções incluem Rokatei (2024), Yukedo Yukedo (2023), New(a)days (2021), Miru (2018) e Move here underneath the soccer field (2014).
A edição de 2025 do CUMPLICIDADES, o festival internacional de dança contemporânea que acontece de dois em dois anos em Lisboa, volta a 10 de maio e decorre até 2 de junho em vários locais da cidade. Este ano celebra-se o espetáculo, mas também o processo, o lado oculto da criação.
São mais de vinte as propostas à disposição do público, entre estreias absolutas, estreias nacionais e reposições do que de melhor se faz a nível nacional e internacional.
A edição de 2025 do Festival CUMPLICIDADES conta com a curadoria da dupla de coreógrafos Sofia Dias e Vítor Roriz para a programação de artistas residentes em Portugal, a par de espetáculos vindos de fora, propostos pela EIRA. Trazendo para o Festival o carácter tentacular da sua pesquisa artística, Sofia e Vítor compõem um programa que ocupa os vários espaços com espetáculos, aulas abertas, conversas, performances no Museu e no espaço público. Um programa que oferece diferentes possibilidades de encontro entre público e artistas, feito de propostas que testam contextos e formatos de apresentação e se destacam tanto pelo risco como pelo modo íntimo e sensível com que nos interpelam.
O público poderá encontrar-se com a dança, ou com o processo que lhe dá origem, em espaços tão diversos como o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), o Centro Cultural de Belém (CCB), a Fundação Champalimaud, o Pavilhão Branco, a Biblioteca de Marvila, a Rua das Gaivotas 6, o Centro de Interpretação de Monsanto, o Jardim da Estrela, o Teatro do Bairro Alto (TBA) ou até mesmo a Estação do Rossio.
Como de costume o Passaporte da Dança, a iniciativa que disponibiliza aulas de dança gratuitas em vários locais da Grande Lisboa, antecede o início do Festival e decorre de 5 a 9 de maio.