Preferia não o fazer é um espectáculo sobre o direito ao ócio e às escolhas. Um monólogo, que reclama o tempo que perdemos a fazer coisas que preferíamos não fazer, mas que nos são silenciosamente impostas pelo contrato social, que nenhum de nós escolheu assinar.

Depois de ser atropelado por um tuk-tuk ao som de Billy Joel, Gino tem uma epifania: a descoberta do NÃO. Ainda no asfalto e com uma tremenda dor de cabeça, Gino encontra na afirmação do NÃO uma doce resistência anti dialéctica, capaz de derrubar as paredes do labirinto de contas para pagar, trabalhos precários e falta de propósito que o encurrala diariamente.

Orgulhoso da sua descoberta, Gino decide lançar um livro em Banda Desenhada para espalhar a sua mensagem. Um “mini manual de sobrevivência” para a contemporaneidade, onde podemos ver o NÃO, o nosso herói de BD, a derrotar os vilões: os terríveis Monstrinhos do SIM.

Pode o NÃO individual tornar-se numa resistência colectiva? E se reivindicamos o nosso direito de existir apenas pelo prazer de existir? O que acontecerá se simplesmente dissermos “Preferia não o fazer”?

Pedro Russo, 1996, Margem Sul. Completou o ensino secundário na Escola Profissional de Teatro de Cascais em 2016. Em 2019 termina a Licenciatura na Escola Superior de Teatro e Cinema – Ramo Atores, e o Curso da Comuna dirigido por João Mota. Ao realizar EDDIE (criação colectiva) residiu artisticamente no Instituto Grotowski. Em 2021, participa no Festival Cyrkulacje, em Wroclaw. Em 2022 participa num workshop com Mónica Calle para a criação de “Só Eu Tenho a Chave desta Parada Selvagem”. Em 2022, para o URGE GLOOKALL FEST, co-criou o espectáculo “uma hora” com Rita Delgado e Rodrigo Festas, na Póvoa de Varzim. No final desse mesmo ano cria uma performance intitulada “WE’RE NOT REALLY STRANGERS” na Fábrica Braço de Prata. Enquanto actor tem vindo a trabalhar com diversos artistas: Carlos Avilez (Macbeth, As You Like It, Splendid’s, etc.), Rodrigo Aleixo (Chatroom, O Penetrador, Vou Falar de Ti a Toda a Toda a Gente, etc.), Jorge Andrade (Fausto), Mónica Garnel (Antígona), Fernanda Lapa (Sem Flores nem Coroas), Ana Borralho e João Galante (Mundos Interiores), Beatriz Batarda (C., Celeste e a Primeira Virtude), entre outros. Recentemente, em 2023 cria, juntamente com Alex, o espectáculo “OS DOIS IRMÃOS” para o Festival Interferências na Companhia Olga Roriz. É membro fundador da associação Segundas Intenções.

Criação e Interpretação: PEDRO RUSSO

Apoio à Criação e Dramaturgia: RITA DELGADO

Ilustração ao vivo: dualgo

Cenografia: CATARINA FERNANDES

Desenho de luz: PEDRO GUIMARÃES

Músicas originais: Rui Rosa

Produção: PATRÍCIA FONSECA

Construção Cenográfica: RUI CASARES

Texto de PEDRO RUSSO e RITA DELGADO

Com o apoio de Festival Temps d’ Images, Officina Mundi, Cine-Teatro Louletano, Cão Solteiro, Residências 120, Rua das Gaivotas 6, Movimento Presente, Coffeepaste, Antena2, Electronic Warfare e Real Pelágio

Este projecto é financiado por República Portuguesa – Cultura/Direcção Geral das Artes e pela Fundação GDA