Morrer Pelos Passarinhos

Morrer Pelos Passarinhos
Gaivotas Em Terra

Lígia Soares e Henrique Furtado Vieira

Morrer Pelos Passarinhos

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Quinta-Sábado • -

Classificação etária: +16
𝐁𝐈𝐋𝐇𝐄𝐓𝐄𝐒: 6€ / 10€ / 12€
: : : : : : : : : : : : :: os diferentes valores não correspondem a uma diferença de lugares, apenas permitem que se pague o mínimo ou, sendo possível, que se contribua com mais para apoiar xs artistas

Reservas: €

Henrique Furtado Vieira e Lígia Soares, juntam-se pela primeira vez numa co-criação para estudar, reproduzir, reinventar formas artísticas resultantes de sistemas em colapso e com isso criar uma coleção de performances baseada na relação histórica entre a crise e a emergência de diferentes vanguardas artísticas. Morrer Pelos Passarinhos visa encontrar formas de partilhar significativamente com o público o fim de um mundo conforme o fomos conhecendo e de lembrar a força de que em coletivo se pode expressar o não sentido, o ser humano dissecado pela desordem do mundo, expresso no seu luto, contrariando a naturalidade com que aceitamos a sua degeneração. Uma coleção de rituais fúnebres que nos possam confrontar com o vazio, com o medo, com a desumanização, mas principalmente uns com os outros.

As performances variam em forma, disciplina, dimensão e espaço, perseguindo a identidade coletiva do “público”, procurando ativá-la e tornando-a indispensável, reivindicativa da sua relação com um espaço que lhe foi sempre principalmente dedicado: o espaço de cena.

Coleção de performances 9, 10 e 11 de Maio 20h — 22h30

#1: Godôs
Henrique Furtado Vieira e Lígia Soares

#2: Bocas
Henrique Furtado Vieira e Lígia Soares

#3: Apóstrof’apocalipse 
Coline Gras, Duarte Romão, Filipa Noronha,
Lara Almeida, Pedro Jesus e Zé Alves

#4: Butôdadá
Coline Gras, Duarte Romão, Filipa Noronha,
Lara Almeida, Pedro Jesus e Zé Alves

#5: Ode Triunfal
 Iqbal Hossain

 

Conversa com participação de A.I. 11 de Maio, Sábado 16h

 

 

Direção e criação: Lígia Soares e Henrique Furtado Vieira
Intérpretes: Coline Gras, Duarte Romão, Iqbal Hossain, Filipa Noronha, Lara Almeida, Pedro Jesus e Zé Alves
A partir de uma ideia original de: Lígia Soares e Maria Jorge
Direção de produção: Ana Lobato
Direção técnica e desenho de luz: Hugo Coelho
Composição musical e sonoplastia: João Lucas
Produção: Romance – Associação Cultural
Co-produção: Teatro-Cine Torres Vedras e Teatro Municipal do Porto
Residências de criação/apresentação: Gretua (Aveiro), Festival END (Coimbra), Rua das Gaivotas 6 (Lisboa), A Gráfica (Setúbal)
Apoio à residência: Pólo Cultural das Gaivotas, O Rumo do Fumo, Centro Cultural da Malaposta / Minutos Redondos / Câmara Municipal de Odivelas, LAMA Teatro, OPART, Estúdios Victor Córdon
Financiado por: República Portuguesa/ Dgartes – Direção Geral das Artes
Classificação etária: +16

 

 

Lígia Soares Coreógrafa e dramaturga portuguesa residente em Lisboa. Estudou dança, mas desde 1999 o seu trabalho transita entre as disciplinas da dança, teatro e performance. O seu trabalho tem sido apresentado nacional e internacionalmente (Portugal, Brasil, Alemanha, França, Noruega, Holanda, Bélgica, Sérvia, Croácia, entre outros). Entre 2001 e 2014 foi diretora artística de Máquina Agradável. Desenvolveu vários contextos de programação com outros artistas como o Demimonde, ou o Face-a-Face. Na sequência de trabalhos como “Romance” (2015), “O Ato da Primavera” (2017), “Turning Backs” (2016), “Jogo de Lençóis” (2019) prossegue uma pesquisa em dispositivos cénicos inclusivos da presença do espectador como elemento constituinte da dramaturgia do espetáculo, incorporando ou substituindo o próprio papel de performer. Entre várias parcerias artísticas destaca as suas criações com Miguel Castro Caldas criando “Sabotage” e “Se Eu Vivesse Tu Morrias”; Paula Diogo “O Palácio”, Rita Vilhena “The Lung” e “Turning Backs”, Sónia Baptista “Memorial” ou Rafaela Santos e Amarelo Silvestre “Desempenho”, Sara Duarte e Teatro Meia Volta “Professar”. É mentora em diversos programas de escrita para cena e colabora regularmente como dramaturga em projetos de dança e teatro, como dramaturga escreveu também para companhias como Cem Palcos, Escola de Mulheres, entre outras. As suas peças “Romance”, “Cinderela”, “Civilização”, “Memorial” e “A Minha Vitória Como Ginasta de Alta Competição” estão editadas pela Douda Correria. Recebeu a bolsa de criação artística e literária da DGLAB em 2020.
Henrique Furtado Vieira Formado em engenharia de energia e meio ambiente, atualmente bailarino, performer e coreógrafo, vive em Lisboa. Efectuou a sua formação artística em várias instituições francesas (INSA de Lyon, Extensions – CDC de Toulouse, Prototype II e Dialogues III – Abadia de Royaumont). Desenvolve a sua prática artística principalmente entre a criação coreográfica e a colaboração como intérprete com vários artistas tais como Bleuène Madelaine, Eric Languet, Aurélien Richard, Céline Cartillier, Tino Sehgal, Salomé Lamas, André Uerba, Sofia Dias & Vítor Roriz, Ana Renata Polónia, Vera Mantero, Boris Charmatz e Tania Soubry. Pontualmente dedica-se à investigação, à pedagogia e à escrita em relação com a dança, em diferentes contextos e através de múltiplas parcerias (O Rumo do Fumo, Unlock Dancing Plaza, Ballet Contemporâneo do Norte, Colectivo 84, Comédias do Minho…), e mais recentemente tem estado envolvido como dramaturgista nas coreografias de Nicolas Hubert (Compagnie Épiderme) e de Giulia Arduca (Compagnie Ke Kosa). Fez a curadoria da segunda edição do projeto MATÉRIA, juntamente com Catarina Vieira e Josefa Pereira, organizando encontros, abertos à comunidade, com regularidade mensal, para a partilha de práticas artísticas.Os seus trabalhos são frequentemente criados em sinergia com outros artistas como em Bibi Ha Bibi, com Aloun Marchal, em Stand still you ever-moving spheres of heaven, com Chiara Taviani, ou em Morrer pelos Passarinhos, com Lígia Soares. Nos seus espectáculos / performances destaca-se a sobreposição de estilos e de géneros, a presença vocal na dança e o(s) espaço(s) da imaginação. Tem colaborado e apresentado o seu trabalho em instituições como Aerowaves, CDC Toulouse, Festival de teatro e dança de Goteborg, Festival Roma Europa, rede europeia DNA, Teatro Municipal do Porto, Festival Temps d’Images, Espaço do Tempo, CCB, entre outros.