Filipa Matta
MEMÓRIA INDIVIDUAL EXPLÍCITA OU IMPLÍCITA
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Sexta-Domingo •
Duração: 60min
Classificação etária: 14
Reservas: 5€
Este talvez seja um projecto mentiroso. É sobre encontros, e de como esses encontros/momentos/acontecimentos formam a nossa identidade por terem uma permanência, inconsciente, no corpo. A memória é o elemento, ou ferramenta que me serviu para pensar sobre este processo de troca. A pesquisa começa na produção de elementos para não esquecer, para poder registar tudo o que possa fazer falta. Queria perceber que mecanismo é esse, o que acontece fisicamente para que uma relação seja estabelecida neste contrato em que nos refletimos infinitamente no outro e o outro se reflete infinitamente através de nós. É a formação deste movimento circular de relações que revela a dependência de outrem para poder existir e confirmar a nossa verdade pessoal e intransmissível, a memória (o monumento).
Os nossos gestos, movimentos, palavras, discursos e ideias modificam-se nesta relação? Quem sou eu sozinha? Quem sou eu em relação ao outro? O que resta de outros em mim? O que é que me pertence? De que maneira é que lidamos com a nossa memória, com o que resta, com o que fica daquilo que morre, que figuras, objetos, sombras resultam? Como encaixar outros corpos nessa memória, nessa ruína? Por acumulação? Por apropriação? Construção? Reconstrução? Somos transportados para a memória ou é a memória que nos transporta?
– O que resta desse/desses encontro(s)? : “O que é que resta? A memória e a arquitetura.” –
/ ficha artística e técnica
criação/interpretação/produção Filipa Matta
luz Jorge Rosado
som Pedro Costa
figurino Diogo Gouveia