‘MA’

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Gaivotas Em Terra

Natacha Campos

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19 — 23 de Novembro: : : : : : :
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Entrada livre em todos os eventos abertos! (Dias 21 e 23): : : : : : :

Reservas: €

MA estuda o processo de se tornar pessoa. Focando-se no feminino, na viagem e no cuidado, durante este mês, procuram-se situações.
Na tentativa de reunir condições para o estar que impulsionem a criação de coletivos antagónicos. E desse acontecer, observo.

Desta forma, MA propõe uma coletânea de observatórios, sendo este enquanto artista no bairro – o primeiro.

Ficha Técnica

Conceito e Pesquisa: Natacha Campos

Co-produção ARTISTA NO BAIRRO –  uma parceria entre Rua das Gaivotas 6, Cão solteiro.residências120 e Plataforma285

Mentoria Self-Mistake: Sepideh Khodarahmi

Apoios: ORG.I.A – Self-Mistake/Self-Uncensored; Rua Gaivotas 6; Cão Solteiro . Residências 120; Plataforma285

Natacha Campos (n.1997, Amadora)
Afrodescendente, de pais angolanos, licenciou-se na Escola Superior de Dança em 2018, destacando o contacto com Jácome Filipe, Maria Ramos, Madalena Vitorino e Pietro Romani. No período 2018-2020, frequentou o programa de treino Performact, em Torres Vedras. Foi lá que consolidou a sua formação, cruzando-se com Eddy Becquart, Chloé Beilevaire, Ted Stoffer, Magalie Lanriot e Iñaki Azpillaga. Completou o curso de Produção de Espetáculo, ministrado por Patrícia Pires. Atualmente, termina o mestrado em Artes Cénicas, na FCSH, Faculdade Nova de Lisboa.
Enquanto intérprete, trabalhou em criações de Pietro Romani, Beatriz Cantinho, Marta Jardim, Sofia Dias e Vítor Roriz, de Rui Catalão, Constanza Givone, Joana Castro, Joana Providência, Cláudia Semedo, dos quais destaca Escala (2021) de Sofia Dias e Vitor Roriz, Ivone (2022) de Rui Catalão e “Casa com Árvores Dentro” (2022) de Cláudia Semedo, na CDA.
Estreia-se como curadora, em “Ecossistema.danças.corpos”, um programa de encontros, co- curado com Cláudia Galhós inserido na programação da Ordem do O e parceria com os Estúdios Vítor Córdon.
Como criadora, desenvolveu o projeto THEFRUIT – an occidental title (integrado no programa de Residências Interferências’21), o solo Other than you, you(2020), e Faded (2019) (video-dança) e Mechanical Animal(2023).

PROGRAMA

Terça, 19 Nov.
13h30 — 18h

Outro tipo de mesa redonda
confecção colectiva de moamba com alunes da Escola Secundária D. Pedro V 

Nesta sessão, contamos com a presença de Luzia Gourgel, a minha tia, e de um grupo de alunes da escola D. Pedro V para,  juntos, prepararmos um repasto que precederá um “giboiar”.  O pretexto para este encontro é a confecção coletiva de uma moamba. Tiramos da cozinha a comida e quem a confecciona e, em conjunto, mapeamos as histórias presentes na sala. Dando primazia à oralidade, resgatamos memórias e, colocando-as no mapa, tecemos cartografias emocionais, onde se multiplicam as possibilidades de cruzamento.
*evento fechado para o público geral

Quarta, 20 Nov.
17h — 20h

Trançando o futuro com mechas do passado
conferência/oficina de tranças africanas com Mariana Desidério (Crespodara)

Estendemos o tempo ao tempo que/de demora trançar uma cabeça.“Isso leva quanto tempo?” O suficiente para abarcar milhares de conversas. Aqui, neste encontro, levará o tempo que a Mariana quiser.
A Mariana irá trançar e, mecha a mecha, levar-nos-à do fio crespo à trança africana e aos seus interstícios culturais e históricos. Convidamos-te para vires assistir a esta aula/palestra/conferência, mas também a participar ativamente com as tuas questões, vivências e práticas. Teremos disponíveis materiais para que, se assim o desejares, possas experimentar trançar o teu cabelo também. 
*evento fechado para o público geral

 

Quinta, 21 Nov.
18h — 21h30

Dia Liberta
homenagem a Teresa Ves Liberta
com concerto para gongos de Dagmar Fischer

Neste dia, a Rua Gaivotas 6 transforma-se num espaço de cuidado para os que ficam. Homenageamos e recordamos Teresa Ves Liberta – um amor que tocou todos os seres porque passou. Construímos um altar e brindamos à sua vida com um chá. Tiramos um momento para recordar a sua imagem e presença, tanto no espaço como nas nossas vidas. Lemos, bebemos, descansamos e cuidamos uns dos outros, evocando mais uma vez a Ves Liberta.

Sexta, 22 Nov.
17h — 18h30

Escaldo os teus pés e contas-me a minha história
ritual de escalda-pés com a mãe da Natacha*

Aqui tomo o espaço performático para um momento íntimo. Ainda no meio de entrevistas, conversas e encontros, reservo um tempo para aquele que provavelmente será o que mais me envolve – um encontro com a minha mãe. Construindo o lugar para fazer dele o altar, onde as duas compartilhamos rituais e histórias.

*evento fechado para o público geral

 

Sábado, 23 Nov.
18h — 21h30

Cantamos colectivamente — do encontro ao uníssono”
canto colectivo com Liliana Abreu e Rita Só

Finalizando esta residência, juntamos vozes. Liliana Abreu e Rita Só juntam-se na sala rosa para receber as vozes das pessoas inscritas. Convidamos, num primeiro momento, mulheres que ocupam a junta de freguesia da Misericórdia (por ser o seu local de trabalho ou residência) a participar neste encontro que privilegiará o som e o ritmo. Mais do que as palavras os tons criarão o encontro. Mais tarde, abrimos portas para o público geral, para que possam, não só ouvir as vozes que cantam como juntar-se a elas.