Somos pelo amor. Adoramos a paixão. Procuramos viver um romance ardente with somebody who loves me.

Sim, é verdade, all my life I’ve been waiting for you to bring a fairy tale my way. Been living in a fantasy without meaning. Será que devia? Mas de onde é que esta fantasia irracional vem afinal? It’s not okay I don’t feel safe, I don’t feel safe!

A propósito do projeto “Esa Cosa Llamada Amor 10 anos depois”, a Plataforma285 convida a antropóloga e investigadora Patrícia Azevedo da Silva para criar e moderar uma conversa a sobre amor e sobre os construtores da nossa ideia de romance.

Patrícia Azevedo da Silva

São Jorge de Arroios, em 1977, naquele que é, sem dúvida, o ano mais punk do século XX (serpente de fogo).

Antropóloga, trabalha sobre a dádiva e a ideia de reciprocidade a partir da ótica do amor – a sua tese de doutoramento, “Pão é Amor Entre Estranhos”, a terminar, aborda a ideia do alimento enquanto linguagem & afeto, a partir do trabalho de campo realizado em São Paulo. Na sua dissertação de mestrado, “Para lá do prejuízo”, cruzou os temas de género, colonialismo e performance com a análise das narrativas de mulheres brasileiras a viver em Lisboa. Trabalhou em quase todas as produtoras de cinema de Lisboa e foi aí que descobriu a importância da repetição. Através da colaboração com estruturas de outras áreas, foi ganhando outras relações com outras ideias de teatro e, atualmente, tenta fazer o mesmo com a dança e com as artes plásticas. Cresceu em Queluz, Monte Abraão, e a ideia de periferia e subúrbio está presente em tudo o que faz, pela via da marginalidade e pela forma encantada como aprecia pracetas. Escreve e traduz, ou seja, as palavras são a sua jam. É ativista e mãe de dois (feels like many).

Plataforma285

A Plataforma285 é um coletivo multidisciplinar de criação, fundado em 2011, com o intuito de criar espetáculos de teatro. Trabalhando em regime de colaboração criativa, a companhia desenvolveu quinze criações. O nosso trabalho distingue-se pelo desenvolvimento de uma dramaturgia original, assente na procura da não teatralidade e de novas linguagens criativas. Pretendemos um trabalho autoral, a procura da intertextualidade, a construção de “realidades” habitadas por atores (não por personagens). Trabalhamos com uma rede alargada de colaboradores e artistas associados.