Fictional Futures

Fictional Futures
Gaivotas Em Terra

Rua das Gaivotas 6

Fictional Futures

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Quinta-Sábado • -

Reservas: Entrada livre

Com AURORA, Catarina Miranda, Gonçalo Guiomar, Internet Jane, Inês Brites, Lui L’Abbate, Maria Ventura, Natacha Campos e Nina Botkay

Nos dias 23, 24 e 25 de março, várias colaborações artísticas ocupam a Rua das Gaivotas 6 para descobrir e produzir três protótipos artísticos que têm com ponto de partida a ficção enquanto chave para desbloquear a complexidade do futuro. Convidamos um coletivo de nove artistas a refletir, em conjunto, durante uma semana de residência numa exploração que resultará numa mostra coletiva que cruza a vídeo- arte, a instalação, a iluminação e a performance. Este programa está integrado na Temporada Fictional Futures da Rua das Gaivotas 6, que explora a ficção e a futuralidade enquanto catalisadores de experimentação e construção de novas narrativas sociais, políticas e culturais.

Artista multidisciplinar, performer/bailarina, música/produtora, atriz e modelo. Ao longo do seu percurso artístico, desenvolveu os projetos “NYMPHO MANIAC” (Bélgica, Noruega, Portugal), “AURORA DE AREIA” (Lisboa, Porto, Montemor), “HETEROPTERA” (Lisboa, Porto), “VELVET N’ GOLDMINE” (Lisboa, Porto, Santa Maria da Feira). Na área da música editou “UND3RW0RLD” (LP), “ V. AME3” (EP), “FLESH AGAINST FLESH” (LP) e “UTERUS” (EP). Em 2018 estreou a curta-metragem “AURORA” em colaboração com Carlota Flor (Estados Unidos, Inglaterra, Portugal) e em 2019 lançou o livro “APOCALYPSE” por Sapata Press (Portugal, Brasil). Em 2022 protagonizou o filme “Uma Rapariga Imaterial” de André Godinho e em 2020 a série “Secreto Lx” de Patrick D’Orlando. O seu primeiro filme foi “Ela É Uma Música” de Francisca Marvão (2019) e também colaborou na série “Meu Sangue” de Tota Alves (2019). Em 2013 terminou o curso de dança contemporânea no Balleteatro (Porto). 
Internet Jane (ela/elu/elus) é uma designer multidisciplinar de Lisboa, sediada no Porto que procura usar o design gráfico como lente metodológica para explorar a cultura contemporânea, com foco na relação entre a tecnologia e o mundo físico. Desfruta de fazer pesquisa especulativa através de associação de imagens, construção de mundos fictícios, e projetos colaborativos que lhe permitem explorar sua prática em diferentes campos criativos como sound design, instalação e performance. 1/8 membros do Coletivo Lenha — colectivo multidisciplinar focado na exploração musical em comunhão com o design — transmitindo mensalmente o programa Sacred Fire Of Vesta na Rádio Quântica. Com trabalho editado na Yuuts Ruoy — Vómito de Artista #2 — e “Prata da Casa”, “Finders’ Keepers’ Loosers’ Wheepers’”, e ainda “The Spiritual Ascension Of All The Animals” publicados na Stolen Books. Internet Jane já trabalhou com artistas e entidades como Odete, Diana Policarpo, Mina Suspension, Rádio Universidade de Coimbra e marcas como Minga London e Molly98.
Tem vindo a desenvolver e apresentar projetos de criação maioritariamente para palco, a partir de discursos ficcionais, cujas linguagens intercetam dança, voz, cenografia e luz, abordando o corpo como um veículo de transformação hipnagógica e de consciência do presente. Do seu percurso destaca as peças de palco Cabraqimera, Dream is the Dreamer, Mazezam, Boca Muralha e Reiposto Reimorto, apresentadas entre o Palais de Tokyo/ Paris, Fundação Calouste Gulbenkian/Lisboa, Fundação de Serralves/ Porto, Teatro Municipal Rivoli/ Porto, DanceBox/ Kobe Japão e nos Festivais Dias da Dança/ Porto, Materiais Diversos/ Torres Novas, Pays de Danses/ Liège Bélgica, Short Theatre/ Roma, Africologne/ Colónia , Mindelact/ Mindelo Cabo Verde. Concluiu o mestrado EXERCE no ICI-CCN (Montpellier/Fr) e a licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes do Porto; estudou Teatro NOH, no Kyoto Art Center, Japão.
Nascida em 1995, Lisboa. Vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em Arte Multimédia pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. O trabalho de Maria recai essencialmente sobre cultura digital, identidade/existência e sexualidade. Tem presença constante nas redes sociais, onde publica conteúdos que pretendem explorar como a forma e identidade podem ser reduzidas ou amplificadas online. A artista aproveita o impacto social e existencial da tecnologia na vida contemporânea. Manifesta um fascínio pela facilidade com que podemos criar e alterar virtualmente uma verdade por nós escolhida. Maria foi co-criadora e intérprete em Laranjal de Beatriz Garrucho (Rua das Gaivotas 6, 2021), co-criadora e artista visual em Águasmil (Rua das Gaivotas 6, 2022), criou e expôs peças como People Holding Fish (Mostly White Middle-aged Men) (Desterro, 2019), Girl Masturbates With A Microphone While Listening To It Through Headphones (2019) e Girls On Rails (Médio Porte (medioporte.zinecanito.com, 2022).
Lui L’Abbate é artista cuir prete da luz e dos espaços. Trabalha principalmente com espetáculos de dança e performance, bem como concertos. Nos últimos anos tem trabalhado com iluminação e performance seguindo sua pesquisa de mestrado em que guerrilha e gambiarra se fazem metrologias estéticas de criação. Desde 2015 concebe, monta e opera luz para festas e diversos espetáculos de teatro, improviso, dança, música, performance e vídeo em diversas cidades entre Brasil, Chile, Portugal, Cabo Verde, Alemanha, Noruega e Espanha. Esteve em digressão pelo Brasil fazendo técnica de iluminação pelo SESC Palco Giratório, participou das equipes técnicas dos festivais Cena Universitária (CéU) e XIV Festival Internacional de Teatro Cena Contemporânea além de coordenar a equipe técnica da Ocupação NEM (Núcleo Experimental do Movimento), da Mostra do Obsoleto Teatro e das duas edições do ODU – Festival de Arte Negra. Realizou estágio profissional com a equipe técnica do Theater und Orchestra Heidelberg, na Alemanha.
Nina é artista da dança residente em Lisboa. Trabalha como assistente coreográfica, performer, figurinista, professora e remonta peças para os coreógrafos Marina Mascarell e Alexander Ekman. Colaborou com artistas como Marina Mascarell, Tânia Carvalho, Ivan Perez, Renan Martins, Alexander Ekman, Sara Anjo, Michelle Moura, Mateo López, Hugo Vieira da Silva, Marina Dalgalarrondo, Acauã el Bandido Sereia, Janiv Oron, David Marques, Vânia Doutel Vaz, Julian Pacomio e Raquel Klein. De 2016 até a atualidade tem desenvolvido trabalhos autorais e independentes com base na dança, coreografia e improvisação. As suas actuações foram apresentadas em projetos, instituições e exposições como para a Fundação PLMJ (Lisboa), CHANGE CHANGE (Budapeste), Projeto Fora (São Paulo), Segundas da Z – Galeria Zé dos Bois (Lisboa), Galeria Bruno Múrias (Lisboa), Galeria Jaqueline Martins (São Paulo), Sala Injuve (Madrid) e Damas (Lisboa) e Galeria ArtePassagem (São Paulo).
Estudou desenho de moda na Lisbon School of Design e completou a formação em tingimento natural com a The Dyer ‘s House. Desenvolveu os figurinos para as peças Orthopedica Corporatio, Second Landscape (Skanes Dans Theater), How to Cope with a sunset when the Horizon has been dismantled (Nederlands Dans Theater 1) de Marina Mascarell, La Burla de Bibi Dória e Bruno Brandolino, Hélio e Viaduto (em parceria com Maria Silva) de Renan Martins e O elefante no Meio da Sala de Vânia Doutel Vaz.
Gonçalo Guiomar é um investigador interessado em entender processos autopoiéticos e a sua sustentação através de simulacra. Focando-se na interseccionalidade dos mesmos com a emergência de representações cognitivas em organismos e máquinas, neste momento é estudante de doutoramento em Neurociências na Fundação Champalimaud, onde se foca na criação de modelos matemáticos para explicar como a actividade e estrutura neuronal poderão suportar estes processos. O seu trabalho também engloba a interpretação destas questões através da interface directa entre humano e máquina. Em colaboração com vários artistas, criou instalações interactivas onde o observador pode interagir directamente com os substratos representacionais da máquina, explorando os limites da estética como veículo para o contacto com a alteridade mecanizada.
(n. 1997, Amadora) Afrodescendente, de pais angolanos. Licencia-se na Escola Superior de Dança em 2018, destacando nesse período o contacto com Barbara Griggi, Sylvia Rijmer, Jácome Filipe, Maria Ramos, Madalena Vitorino, Pietro Romani, Amélia Bentes. Em 2018-2020, frequentou o Performact – programa de treino, em Torres Vedras, onde consolidou a sua educação. Trabalhou com Eddy Becquart, João Cardoso, Chloé Beilevaire, Ted Stoffer, Magalie Lanriot, Iñaki Azpillaga.  Enquanto intérprete, destaca “T42 – Constelação Esqueleto” de Pietro Romani, “A Peça Macabra”, de Beatriz Cantinho, “Perante isto somos Dois”, de Marta Jardim; “Dispositivos, instalação no TBA, Lisboa, de Sofia Dias e Vítor Roriz; “Ao Abrigo da Distância”, de Rui Catalão; “Escala”, de Sofia Dias e Vítor Roriz “Albúns de Família”, de Constanza Givone;“Casa com Árvores Dentro”,de Cláudia Semedo.. Como criadora desenvolveu o projeto “THEFRUIT – an occidental title” (programa de Residências Interferencias’21); o solo “Other than you, you”; e “Faded” (vídeo-dança).
Inês Brites (vive em Lisboa) e trabalha com escultura, instalação e media, referindo-se ao que é familiar: uma conversa entre rejeição, fragilidade, reconhecimento e afeto. Jogando com técnicas pouco ortodoxas e a tactilidade, questiona as possibilidades de representar a vulnerabilidade e a nossa relação com objectos, corpos e natureza. A sua obra escultórica resulta de uma rede entre objectos encontrados e produzidos que se processam de forma exploratória na análise dos materiais e suas finalidades, mutantes, contraditórias e regidas pela curiosidade impermeável de relacionar materialidades, passado, humor, composições acidentais, encenações, ilusões. A sua abordagem questiona o significado dos objectos, explorando o impacto destes corpos em nós, nas nossas sociedades, através das memórias que recordam as nossas intimidades.