Escurecendo o 10 de Junho

Escurecendo o 10 de Junho
Gaivotas Em Terra

Gisela Casimiro

Escurecendo o 10 de Junho


Sábado • -

Duração: 240min

Reservas: Entrada livre

A partir de uma biblioteca temporária que se pretende permanente e diversa, procurar-se-á compreender o conceito de Blackout Poetry e os seus usos na ressignificação de uma data histórica e das identidades nacionais. Através de obras de arte, de notícias, do dicionário, das redes sociais e de livros de autores e autoras reconhecidos pela sua poesia experimental e disruptiva, criar pensamento, poesia e processos para uma vida mais interseccional e anti-racista

Material: jornais, telemóvel, pc, livros (a definir), canetas, cartolinas, papel A4, marcadores, projector, Wi-Fi.

 

Este workshop integra-se no Lysis, um projeto transdisciplinar de artes visuais, centrado na criação plástica de Diana Policarpo e Odete, que propõe a (re)figuração da ficção científica feminista em Portugal, na sua relação com disciplinas como a Bioética e Paleontologia, explorando dinâmicas entre arte, ciência, estruturas de poder e regimes de verdade. Este é um projeto de pesquisa que as artistas têm desenvolvido através das suas leituras de ficção especulativa, história da ciência e movimentos feministas. Como método de investigação e partilha, propõem-se a aprender e a transformar as suas práticas a partir da relação com outres artistas e pensadores, abrindo assim parte do processo de criação e discussão com um programa público. Das suas diversas fases (investigação, produção, apresentação e circulação), resultará uma criação inédita que será apresentada em formato de exposição na galeria LEHMANN+SILVA no verão de 2023.
Gisela Casimiro é escritora, artista e performer. Publicou «Erosão» (poesia), «Giz» (poesia) e «Estendais» (crónicas). É autora do texto e dramaturgia de «Casa com Árvores Dentro», encenada por Cláudia Semedo e estreada no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço. Contribuiu com textos para várias revistas e antologias, com destaque para «Reconstituição Portuguesa», vencedora do Grand Prix de Design em Cannes, e parte do PNL. Publicou crónicas no Hoje Macau, Buala, Contemporânea, Gerador, Setenta e Quatro e FARE. A sua obra está traduzida para turco, mandarim, alemão e espanhol. Participou de exposições no Armário, Balcony, Galeria ZDB, Galerias Municipais do Porto e Lisboa, Museu de Arte Contemporânea de Elvas. Escreveu textos para o Museu-Atelier Júlio Pomar, Galeria Filomena Soares (a convite de Kiluanji Kia Henda) e Rautenstrauch-Joest. Integra a Colecção António Cachola. Fez parte do INMUNE (Instituto da Mulher Negra) e é membro da UNA – União Negra das Artes.
Diana Policarpo (Lisboa, 1986) vive e trabalha entre Lisboa e Londres. Estudou música no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design (ESAD) e tem um mestrado em Artes Visuais (MFA) pelo Goldsmiths College, da Universidade de Londres. É artista visual e compositora, actualmente a desenvolver a sua actividade artística entre as artes visuais, música electroacústica e a performance multimédia. O seu trabalho investiga cultura popular, saúde, política de género e relações interespécies, justapondo a estruturação rítmica do som como um material tátil dentro da construção social da ideologia esotérica. Exposições individuais e screenings recentes incluem Kunsthall Aarhus (DK) – em preparação, Helsinki Biennial (FI) – em preparação, Fondazione Sandretto Re Rebaudengo (IT), Radius CCA (NL), CRAC Occitanie (FR), Ocean Space (IT), Kunsthall Trondheim (NO), Galeria Municipal Porto (PT), MAAT (PT), CAV – Centro de Artes Visuais (PT), Nottingham Contemporary (UK), GNRation (PT), Kunsthall Oslo (NO), Galeria Lehmann+ Silva (PT), Kunstverein Leipzig (DE), Galeria Francisco Fino (PT), Kunsthall Baden-Baden (DE), Whitechapel Gallery (UK), Xero, Kline & Coma (UK), ICA (UK) e LUX – Moving Image (UK). Foi vencedora do Prémio Novos Artistas Fundação EDP 2019 e Prémio illy Present Future 2021
Odete trabalha entre os mediums da escrita, da música, das artes performativas e das artes visuais – o seu trabalho é um trabalho explicitamente autobiográfico, tornando claras ligações entre o pessoal e o político – neste momento pesquisa sobre sensações/noções de pertença e despertença, narrativas trans e formas de tornar visível a tristeza, a fragilidade e a “falha” enquanto potências políticas. Frequentou a academia Contemporânea do Espectáculo (2010-2013) – vertente de Interpretação (Nível: IV). Porto, Portugal. Licenciou-se em Estudos Gerais – minors em artes visuais e performativas (2014 -2017), Universidade de Lisboa, Portugal. Tem trabalhado a sua formação com masterclasses e workshops com artistas como Trajal Harrell, Vânia Rovisco , Prof. Gerald Siegmund ou Marcelo Evelin. Realizou várias performances e exposições desde 2015 em espaços variados como a MalaVoadora.Porto, Teatro Municipal do Porto – Rivoli, CAPC (Círculo de Artes Plásticas de Coimbra), Rua das Gaivotas 6 (Lisboa) , Teatro do Campo Alegre, SKOGEN (SE), Elektra Palace (GR),  e o seu trabalho musical já pode ser ouvido por toda a europa, desde o Berghain (DE) ao Subaccultcha (NE) ou mesmo no Boiler Room. Lançou já três EPs, sendo o último lançado pela label londrina New Scenery. É performer em “Cyborg Sunday”, um projecto de Dinis Machado, apresentado no Moderna Museet (SE), WELD , em Estocolmo (SE) e no SKOGEN, em Gotemburgo (SE) e no Teatro Municipal Rivoli, no Porto. Projeto financiado pelo ImpulsTanz, através do “Life Long Burning”, e Arts Council England. Participou também em “O despertar da Primavera” de Teatro Praga, apresentado no CCB. Em 2021 foi vencedora do prémio de performance ReXForm, apresentando o projeto “On Revelations and Muddy Becomings” no MAAT e em colaboração com a BoCA Bienal. This is a text block. Click the edit button to change this text.