Eduardo Batata
Ébrio
[ARTISTA NO BAIRRO]
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Quinta-Domingo •
Duração: 50min
Classificação etária: 16
Lotação máxima: 25 lugares
Reservas: 5€
CRIAÇÃO E DIREÇÃO Eduardo Batata
PERFORMERS Eduardo Batata, Gustavo Salvador Rebelo, Maria Llanderas
TEXTO María Llanderas e criação colectiva
A PARTIR DE António Botto, Paul B. Preciado e Santa Teresa de Ávila
SONOPLASTIA João Caeiro Farias
LUZ Filipe Pureza
CO-PRODUÇÃO Teatro do Cão Solteiro e Rua das Gaivotas 6
AGRADECIMENTOS Andre E. Teodósio, Cão Solterio, Diogo Bento, Liliana Mauriz, Nuno Alexandre Ferreira, Pedro Barreiro e Sara del Pereira.
FOTOGRAFIAS DE Sara Del Pereira e Alípio Padilha
Ébrio é um corpo. “silencioso indiferente”, como diz Botto. Não tem muito para dizer. Ébrio está nesta sala e vai dar-se a conhecer. “Febril, quase louco” no seu estado alienado, sem memória das convenções que perdeu.
Ébrio parte do conceito de ébrio, proposto por Botto, numa leitura diferente de estar embriagado. Ébrio é uma proposta de atordoamento da realidade, onde os condicionalismos de género e corpo foram embriagados, de tal modo que já não se conseguem manifestar.
Ébrio é um corpo. Ébrio utiliza o corpo e o seu movimento para questionar as convenções pré-estabelecidas e propõe um estado ébrio em que essas convenções perderam a importância. Em cena estão três corpos que se questionam e que são questionáveis. Que querem perder herança de significados atribuídos aos seus corpos.
Estas três figuras servem-se de um dispositivo espacial que dilui os papéis de público e performer.
Em 2017 terminou a licenciatura em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa onde teve a oportunidade de experienciar a construção de um projeto/linguagem artística que põe em diálogo as artes plásticas e a performance. Ainda no mesmo ano iniciou o mestrado em Teatro, especialização em Artes Performativas, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 2019 integrou o projeto Longos dias de Verão pertence ao “Ciclo Shakespeare”, na Fábrica das Artes, CCB. Ainda em 2019 apresentou a primeira performance da sua autoria, intitulada Onanismos, no Teatro do Silêncio, em Lisboa, no âmbito da residência artística “Sala de Ensaio”. Onanismos é fruto de um trabalho de pesquisa e investigação sobre censura feita a poetas e obras de teor homoerótico e a construção do que podemos chamar de “armário português”.