Boa tarde, morreram todos.

Boa tarde, morreram todos.
Gaivotas Em Terra

Truta no Buraco

Boa tarde, morreram todos.

co-produção ARTISTA NO BAIRRO, uma parceria entre Rua das Gaivotas 6, Cão solteiro.residências120 e Plataforma285

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Quinta-Sábado •

Duração: 45min
Classificação etária: +16
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𝐁𝐈𝐋𝐇𝐄𝐓𝐄𝐒:: 5€
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𝐂𝐥𝐮𝐛𝐞 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐭𝐚𝐝𝐨𝐫: 11 nov | sáb | depois do espetáculo

Reservas: €

A cultura burocratizou-se de tal forma que nenhuma arte lhe sobrevive. Flácida, de todas as cores, pedante a brilhar na sua esplêndida nudez.  Uma selva seca, podada como um jardim francês.
Mas preconizamos que tudo voltará a um princípio. O futuro, meus caros, é neandertal! Espremeremos flores de esteva para pintar bisontes nas ruínas dos arranha-céus, comeremos cães e melancias com as nossas unhas sujas, saberemos mergulhar as mãos no sangue desprovidos de sadismo e morreremos cedo, tesos e magníficos, sem aparelho político, filosófico, artístico que explique a coisa. Seremos só cultura.

Dia 11 de Novembro, após o espetáculo, teremos uma sessão de CLUBE ESPECTADOR, moderada por José Maria Vieira Mendes. O CLUBE ESPECTADOR é um projeto coordenado por J.M.Vieira Mendes e Maria Sequeira Mendes, com a colaboração da Rua das Gaivotas 6 (RG6) e do Teatro do Bairro Alto (TBA), e consiste na promoção de conversas informais a propósito de espetáculos.

A Truta no Buraco é uma companhia formada por um bando de gentes que foi, nos últimos anos, consolidando um estilo e uma equipa artística, com o objetivo de pensar socialmente a vida e a cultura, despertos para a clarividência de que a nossa condição assim o exige.  A solidão a nós não nos privilegia.

É precisamente sobre a reflexão do todo que o nosso trabalho pretende incidir, construindo uma perspetiva histórica a partir da sua sombra. Andreia Farinha, formada em teatro em parceria com João Melo vindo do cinema, em colaboração contínua com José Smith Vargas, Manuel Bivar, e mais recentemente com Raphael Soares, Anafaia Supico, João Ayton, Ricardo Donas e Francisca Bagulho, formam esta quadrilha.

Abrigamos a convicção de que este grupo está genuinamente empenhado em produzir pensamento crítico sobre o mundo através de uma cultura mais acessível e menos apelintrada e piegas politicamente. E assim, quixotescamente, temos vindo a aprimorar-nos nos meandros das artes a que, para mal dos nossos pecados, decidimos dedicar-nos. Neste tempo de Ubus gostaríamos de aproveitar, enquanto o sangue ainda é inflamável, para o desperdiçar no teatro. É tudo.