Bâtard Sauvage | Festival Cumplicidades

Bâtard Sauvage | Festival Cumplicidades
Gaivotas Em Terra

Roberto Dagô

Bâtard Sauvage | Festival Cumplicidades


  • Sexta •

  • Sábado •

Duração: 45min
Classificação etária: +16
: : : : : : : : : : : : :: : : : : : : : :
𝐁𝐈𝐋𝐇𝐄𝐓𝐄𝐒: 5€ / 7,5€
: : : : : : : : : : : : :: os diferentes valores não correspondem a uma diferença de lugares, apenas permitem que se pague o mínimo ou, sendo possível, que se contribua com mais para apoiar xs artistas

Reservas: €

“Bâtard Sauvage” ou Vira-lata selvagem é uma peça coreográfica que ancora o corpo no “mundo invertido” do colonialismo através da imagem do cão vira-lata. O solo foi particularmente inspirado pela pesquisa sobre o termo “complexo vira-lata”, que foi cunhado nos anos 50, popularizando-se desde então como uma espécie de descrição pejorativa psicossocial brasileira. O imaginário do vira-lata brasileiro evoca não apenas as noções de mestiçagem, mas também de precariedade, submissão e humilhação. Mais profundamente, no entanto, o termo encontra as suas raízes nas feridas abertas deixadas pelos processos coloniais, onde o processo do outro “selvagem” e subdesenvolvido se dá de maneira radical. O projeto aborda o corpo como território geopolítico onde as violências coloniais devem ser reconhecidas e combatidas antes de tudo, desde o interior dos corpos. Neste sentido, a noção de fronteira é intimamente ligada à noção de interioridade.

CONCEÇÃO E PERFORMANCE: Roberto Dagô
ACOMPANHAMENTO ARTÍSTICO: Gretchen Schiller
LUZ: Ramon Lima
ACOMPANHAMENTO TÉCNICO: Michel Morin
APOIOS: LITT&ARTS, MaCI Maison de la Création et de L’innovation,
IdEX – Initiatives d’Excellence
Roberto Dagô

(Jaguaruna, Brasil, 1990) é performer, coreógrafo e diretor. Desenvolve seu trabalho em territórios de contaminação de práticas e materialidades a partir da articulação entre corpo, imagem e política. Dagô é co-fundador da plataforma de criação franco-brasileira BRUTA Corp., é colaborador da companhia de dança Anti Status Quo (desde 2015), dirigida pela coreógrafa brasileira Luciana Lara, e de outros coletivos artísticos transdisciplinares, como a Cia. Ví(Ç)eras (desde 2010) e Coletivo Entrevazios (desde 2014). Se apresentou em vários grandes festivais brasileiros – como MIT (São Paulo), Bienal de Dança (Ceará), Panorama (Rio de Janeiro), e Cena Contemporânea (Brasília), por exemplo –, e internacionais – no Camp_in (México), FacàFac (França), FITEI+DDD (Portugal), Quadrienal de Praga (República Checa), MLADI LEVI (Eslovênia), BITEF (Sérvia) e Zürich Moves (Suíça) -. Em 2015, foi selecionado para a categoria “Influenciador das Artes” pelo projeto Retrato Brasília. Dagô é bacharel em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília e estudou Cenografia na Universidade Técnica de Lisboa. Concluiu o master Création artistique – Arts de la scène na UGA – Université Grenoble Alpes (Grenoble, França), onde foi contemplado com a bolsa IdEX – Initiatives d’Excellence para criar a peça “Bâtard Sauvage”. Foi um dos artistas selecionados para o PACAP 5 – Programa Avançado de Criação em Artes Performativas (2021-2022), no Fórum Dança (Lisboa, Portugal), com curadoria e acompanhamento artístico de João Fiadeiro, com a colaboração de Carolina Campos, Márcia Lança e Daniel Pizamiglio.