Amigos Imaginários [Temps d’Images]

Amigos Imaginários [Temps d’Images]
Gaivotas Em Terra

Rita Barbosa

Amigos Imaginários [Temps d’Images]

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Sexta-Sábado •

Duração: 70min
Classificação etária: 12

Reservas: 7€ • 5€ [Desconto]

REALIZAÇÃO E DIRECÇÃO ARTÍSTICA Rita Barbosa
DESIGN DE SOM Rui Lima e Sérgio Martins, COM A PARTICIPAÇÃO DE Jonathan Saldanha
PERFORMANCE Rui Lima, Sérgio Martins e Daniel Pizamiglio
DIRECÇÃO TÉCNICA Pedro Lima
DIRECÇÃO DE CENA Helena Ribeiro
DESENHO DE LUZ Mário Bessa
PRODUÇÃO Henrique Figueiredo
CARTAZ E DESIGN GRÁFICO Dayana Lucas e Pedro Nora
DIRECÇÃO DE FOTOGRAFIA Jorge Quintela
1º ASSISTENTE DE IMAGEM Miguel Ângelo
2º ASSISTENTE DE IMAGEM Bruno Medeiros
APOIO FINANCEIRO Câmara Municipal do Porto, SPA e AGECOP
APOIOS O Espaço do Tempo, Take It Easy, Planar, Teatro do Bolhão, Circolando, Mala Voadora
AGRADECIMENTOS António Selas, Cláudia Santos, Dayana Lucas, Daniel Oliveira, Daniel Ribas, Ana Paula Sousa, Ekaterina Solomina, Janine Lamas, Joaquim Fernandes, Jorge Garcia, José Manuel Castro, Maria-na Dixe, Paula Marques, Pedro Nora, Sofia Arriscado e Joana Dilão.

Amigos Imaginários é um filme-performance, no qual o público é convidado a assistir à projecção de um filme, em fase de montagem, que é sonorizado ao vivo num estúdio de foley1. Uma especulação sobre o que poderá ser o cinema, tirando partido de um dos artifícios mais utilizados para a construção da ilusão da verdade.

O filme propõe desiludir o espectador, impedindo que este se esqueça da irrealidade e dos truques da magia do cinema, ao fazer crer que tudo é verdade.

Um realizador diletante e três performers não-profissionais do foley fazem do filme uma partitura. Enquanto o gesto dos performers procura de forma literal e obsessiva os ruídos que mexem com as coisas e com os seres do filme, o que vemos é o desmantelar da ilusão, pondo a nu os mecanismos da mentira. O realizador, aproveita-se da oportunidade para jogar com as possibilidades, fazendo experiências com narrações, que oscilam entre o ‘mundo contado’ em pequenas e lúdicas histórias e o ‘mundo comentado’ em desabafos de um montador inquieto.

A natureza das imagens e dos sons constrói-se a partir de uma colecção de anotações, entre o diário e o ficcional, num contraponto entre imagem-filme e imagem-performance. Como num espaço neo-cubista, a verdade é libertada de um automatismo perceptivo, abrindo caminho ao acaso e evocando fantasmas – os amigos imaginários.

[1 O Foley (ou Bruitage) é uma técnica de criação de efeitos sonoros gravados em estúdio, onde sons de passos, portas a fechar, trovões, etc. são reproduzidos por sonoplastas em sincronia com o filme, com o objectivo de conferir mais realismo às cenas.]

Daniel Pizamiglio (Fortaleza, Brasil) é performer e coreógrafo. Tem formação entre Brasil e Portugal em composição, dança e performance. Entre 2015/2016 concluiu o Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica (PEPCC) do Fórum Dança (Lisboa). Desde 2012 vive e trabalha em Lisboa onde já́ colaborou com diferentes artistas e coreógrafos, tais como Cláudia Dias, Cristina Maldonado, Calos Manuel Oliveira, Inês Cartaxo, Leonardo Mouramateus, Liedewij van Eijk, Sílvia Pinto Coelho e Tamara Cubas. Como intérprete destacao trabalho comJoão Fiadeirona teoria e práctica da Composição em Tempo Real e na peça O Que Fazer DaquiPara Trás (2015); e com João dos Santos Martins nas peças Projecto Continuado (2015) e Companhia (2018). Actualmente tem previsto a criação de uma conferência-performance com Romain Teule e uma colaboração no projecto Entre Cães e Lobos (estreia prevista para 2019) de Gustavo Ciríaco. Do seu trabalho autoral como coreógrafo destaca o seu último solo Dança Concreta (2016).

Jonathan Saldanha é um construtor sonoro e cénico que aborda com o seu trabalho elementos de pré́-linguagem, cristalização, animismo e eco. É o co-criador das peças cénicas NYARLATHOTEP, MÁQUINA DA SELVA, REI TRIOLOGIA, DEL apresentadas em espaços como Rivoli Teatro Municipal doPorto, Accès(s) Festival e o Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Compôs desde 2010 uma série de peças para voz, electrónica e espaço ressonante como: TEUFEL RADAR para coro e antena; KHŌROS ANIMA para coro, subgraves e espaço fabril; SANCTA VISCERA TUA para gesto, percussão,térmitas e coro, a partir dos arquétipos de uma Via Sacra; e SILVO UMBRA para coro, cintilância e espaço esférico. É parte da dupla de produtores FUJAKO, dirige o projeto HHY & The Macumbas, e foi o fundador do colectivo SOOPA, editora e programadora de concertos e performances iniciada em 1999, no Porto. Deu concertos nos festivais Sónar, Primavera Sound, Amplifest, Out.Fest, Milhões de Festa, Neopop, Elevate e em espaços como Ancienne Belgique, em Bruxelas, Berghain Kantine, em Berlim, Stubnitz, em Hamburgo, Filmer la Musique, em Paris, e IssueProjectRoom, em Nova Iorque. A sua música foi editada pela Ångström, Tzadik, Rotorelief, SiloRumor e Wordsound. O seu filme/ensaio MÁQUINA DA SELVA / MUNDO DE CRISTAL foi editado pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

Rita Barbosa é realizadora, licenciada em Artes Digitais, no curso de Som e Imagem da UCP (2002). Escreveu e realizou a curta metragem À Noite Fazem-se Amigos, com estreia internacional no Festival de Locarno. É representada como realizadora de publicidade pela Take It Easy desde 2005. Na área do teatro, dança e performance colaborou na criação, concepção visual, vídeo e cenografia de vários projectos, entre eles: Três Dedos Abaixo do Joelho, de Tiago Rodrigues (melhor espetáculo de teatro de 2012 pela SPA); Sabotagem, de Lígia Soares e Miguel Castro Caldas; O Esplêndido, de Andresa Soares. Realizou vídeos experimentais como Get Bent, Pop Fish, apresentados em exposições e festivais como Fundação Cartier, Impakt e Courtisane.

Rui Lima nasceu em 1981. É licenciado em Design de Luz e Som pela ESMAE onde atualmente lecciona. Paralelamente, e em colaboração com Sérgio Martins, tem participado como compositor musical em espectáculos de artes performativas e vídeo-dança cujos encenadores se destacam: Joana Providência, Paulo Calatré, Inês Vicente, Alfredo Martins, Júnior Sampaio, João Garcia Miguel, Ana Luena (Teatro Bruto), Jorge Andrade (Mala Voadora), Cristina Carvalhal, Rita Lello, Andresa Soares, Victor Hugo Pontes, Nuno Cardoso, Miira Sippola e Marco Ferreira. Apresentou o seu trabalho em países como Portugal, Espanha, França, Alemanha, Israel, Macedónia, Finlândia, Brasil e Rússia. Como músico/performer participou em diversos projectos experimentais, sendo actualmente membro dos projectos musicais Wet Thatcher e Ekco Deck. Em cinema, fez a banda sonora original para o filme Veneno Cura (2007), realizado por Raquel Freire, e as curta-metragens Ausstieg (2010) e Sobre El Cielo (2015), de Jorge Quintela.

Sérgio Martins nasceu em 1982. Completou o curso de Guitarra Clássica no Conservatório de Música do Porto e está actualmente a terminar o curso de Música Electrónica e Produção Musical na Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco, com orientação de Carlos Guedes, Mário Barreiros, Rui Dias, Gustavo Costa, entre outros. Simultaneamente, e em colaboração com Rui Lima, trabalha desde 2001 como compositor musical para artes performativas, vídeo-dança, cinema e música para publicidade, tendo trabalhado com encenadores e coreógrafos como Joana Providência, Paulo Calatré, Inês Vicente, Alfredo Martins, Júnior Sampaio, João Garcia Miguel, Ana Luena (Teatro Bruto), Jorge Andrade (Mala Voadora), Cristina Carvalhal, Rita Lello, Andresa Soares, Victor Hugo Pontes, Nuno Cardoso e Miira Sippola. Apresentou trabalhos em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Israel, Macedónia, Macau, Finlândia, Brasil, Polónia e Rússia. No cinema, compôs a banda sonora para o filme Veneno Cura (2007), realizado por Raquel Freire, e as curta-metragens Ausstieg (2010), O Amor É A Solução Para A Falta De Argumento (2011) e Sobre El Cielo (2015), realizados por Jorge Quintela.