SillySeason
All Tomorrow’s Parties — 4ª Edição
Sexta • -
Sábado • -
ENTRADA LIVRE: mediante reserva para: info.rg6@teatropraga.com
Reservas: €
A 4ª edição de ALL TOMORROW’S PARTIES, um projeto-curadoria dos SillySeason, apresenta seis artistas de diferentes áreas que têm como vontade comum a experimentação livre e urgente. Durante dez dias, os artistas habitarão a Rua das Gaivotas 6, com vista a construírem distintos objetos artísticos, na senda de um discurso cada vez mais consciente, politizado e independente. Como missão, o coletivo SillySeason propôs-se a dar espaço, visibilidade e condições de criação – visando a promoção de um pensamento que considere novo e urgente, que dê forma e representatividade a diferentes linguagens. Aos artistas, foi oferecida uma bolsa de criação, querendo recusar a habitual falta de suporte que assola os artistas cujo foco de trabalho se situa num âmbito mais “experimental” e, por isso, tido como “marginal”. ALL TOMORROW’S PARTIES é então um espetáculo dilatado constituído por diversos lugares de fala que se apressam a pensar e a inscrever-se num amanhã cada vez mais veloz, recusando lógicas de poder institucionalizadas.
Filipa Bossuet
Filipa Bossuet (1998) Utiliza performance, pintura, fotografia e vídeo experimental para retratar processos identitários, negritude, memória e cura. O seu trabalho transdisciplinar é afirmado em Mankaka Kadi Konda Ko, um conceito apresentado numa instalação solo virtual 360o, desenvolvida de forma independente e que se ramifica na exposição coletiva Interferências, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), abrindo espaço para a continuação do conceito academicamente e aplicado em laboratórios de arte-educação com crianças e adultos. Pensa sobre as influências investigativas da formação em Ciências da Comunicação, os estudos de mestrado em Migrações, Inter-Etnicidades e Transnacionalismo, criando um diálogo e questionamento entre os campos do saber.
Joana Petiz
Atriz*Criadora. Trabalhou com Bestiário, Diana de Sousa, Michael de Oliveira, Nuno M. Cardoso, Tatiana Ramos, entre outras. Escreveu, com Patrícia Deus, a peça Estéril. Ganhou a bolsa da Linha de Fuga, com o solo WASTE e LOBBY da Mala Voadora com criação coletiva Feeling Blue. Interessa-se pela pesquisa enquanto mote de criação. O seu trabalho gira em torno da dúvida e da sua descodificação, através da sobreposição de símbolos. O seu instinto é bruto, contudo é bem-educada, daí advém a sua delicadeza
João Cachola
Nasceu em Lisboa, Janeiro de 1995. Concluiu o curso de interpretação da Escola Profissional de Teatro de Cascais (2013) e é licenciado em teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema (2016). Entrou em espectáculos de Carlos Avilez, Leonardo Garibaldi, Pedro Caeiro, Álvaro Correia, Tito Asorey, Maria João Vicente, Daniel Gorjão, Gonçalo Carvalho, Tiago Mateus, Carlos J. Pessoa, Lúcia Moniz & Paulo Quedas, John Romão, João Estima & Rita Delgado, André Murraças e Leonor Buescu. Em cinema trabalhou com António Mendes, Fernando Vendrell, Sydney Buchan, Vicente Alves do Ó, Miguel Munhá, Carlos Conceição, Patrícia Neves Gomes, António da Cunha Telles e Silvana Torricella. Faz locução e dobragem para cinema e televisão. Membro fundador da companhia As Crianças Loucas.
Jorge Neto
Jorge Neto é um ator, cantor e diretor que vem ganhando destaque nos festivais internacionais de cinema. Em 2020, ele foi selecionado para o Berlinale Talents. Em 2023, Jorge Neto estreou o filme “O Estranho” no Festival de Berlim e protagonizou o filme “Solos” no Festival de Cannes. Ele também recebeu o prêmio de melhor ator no festival Cine PE por sua atuação no longa “Casa Izabel”. Protagonizou o filme “Primeiro Ato”, que esteve na Ammodo Tiger Competition do Festival Internacional de Rotterdam e na BFI em Londres. Licenciado pela Escola Superior de Teatro e Cinema com Intercâmbio na Universidade de São Paulo (USP), ele já atuou em diversos projetos cinematográficos e trabalhou em séries de TV como “Pico da Neblina” da HBO dirigida por Fernando Meirelles e André Novais e “LOV3” da Amazon Prime. Teatro: “Moçambique”| Mala Voadora, Prêmio SPA/RTP e “O Rei Leão” da Broadway dirigido por Julie Taymor, com adaptação musical de Gilberto Gil. Como roteirista e diretor, Jorge codirigiu o projeto visual “Derreter” ao lado de Flora Dias. Ele está agora desenvolvendo seu novo projeto “EMBU ARA AMA”.
Lara Mesquita
Lara Vanessa Cossa Mesquita, Lisboa 1986. Herda Moçambique por parte da mãe e a ilha do Pico por parte do pai. Cresceu no Barreiro, onde estudou ciências no ensino secundário. Frequentou os cursos de licenciatura em Psicologia (ISPA – 2005) e Direito (Universidade Lusíada de Lisboa – 2007/09). Em 2009 muda-se para Lisboa. No ano seguinte termina o curso de formação de actores da In Impetus. É licenciada em Teatro – Ramo Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema (2016). Trabalha como actriz desde 2012. Destaca a colaboração no cinema com Tiago Guedes, no teatro com Luís Miguel Cintra, Griot e Rodrigo Francisco. Em 2021 estreou a sua primeira criação autoral Sempre Que Acordo. O texto homónimo que escreveu para este espectáculo valeu-lhe o Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina. É directora artística da PARROTRECORD, associação cultural fundada em Abril de 2022.
Paula Lovely
Paula Lovely habita um corpo Queer em que as práticas reivindicativas —como a ação direta — assumem outros significados atravessando outras linguagens. A urgência existencial já não se pode dissociar do colapso da sociedade capitalista e pós-industrial, que nos coloca à beira do abismo e sobrepõe a finitude do indivíduo ao destino toda a espécie. Nesta caminhada, o protagonismo das subjectividades dissidentes revela o poder revolucionário da intimidade e do empoderamento coletivo.
SillySeason é um coletivo de artistas (Cátia Tomé, Ivo Saraiva e Silva e Ricardo Teixeira) que, desde 2012, se permite a pensar o teatro e as artes performativas, numa busca constante por novos modelos de criação. Têm contribuído para a produção e aprofundamento de novas dramaturgias, numa constante reflexão sobre o que é teatro, ou o que poderá ser. Promovem a construção de objetos que desafiem as suas próprias lógicas habituais a par de uma estrutura que especule o espetáculo multifacetado. O seu trabalho assenta sobretudo na noção de crise, desmistificando-a, e propondo-lhe novas dimensões de cariz social, político e histórico, entre outros, no sentido de ir solidificando um discurso cada vez mais urgente acerca de um futuro.
Ao longo do seu percurso, os SillySeason têm procurado um trabalho em colaboração e em rede, contactando com diversos artistas de diferentes áreas, com várias estruturas e instituições distintas.
O coletivo SillySeason é uma estrutura financiada pela Direção Geral das Artes – República Portuguesa.