ALL TOMORROWS PARTIES – 2ª edição

ALL TOMORROWS PARTIES – 2ª edição
Gaivotas Em Terra

SillySeason

ALL TOMORROWS PARTIES – 2ª edição

uma curadoria SILLYSEASON na Rua das Gaivotas 6


Sexta • -

Reservas: Entrada livre • [mediante marcação para reservas@ruadasgaivotas6.pt]

A 2ª edição de ALL TOMORROWS PARTIES, projeto-curadoria dos SillySeason, apresenta quatro artistas de diferentes áreas que têm como vontade comum a experimentação livre e urgente. Durante dez dias, os artistas habitarão a Rua das Gaivotas6, com vista a construírem distintos objetos artísticos, na senda de um discurso cada vez mais consciente, politizado e independente. Como missão, o coletivo SillySeason propõe-se a dar espaço, visibilidade e condições de criação – visando a promoção de um pensamento que considere novo e urgente, que dê forma e representatividade a diferentes linguagens. Querendo recusar a habitual falta de suporte que assola os artistas cujo foco de trabalho se situa num âmbito mais “experimental” e, por isso, tido como “marginal”, aos artistas participantes foi oferecida uma bolsa de criação.

ALL TOMORROWS PARTIES é então um espetáculo dilatado constituído por diversos lugares de fala que se apressam a pensar e a inscrever-se num amanhã cada vez mais veloz, recusando lógicas de poder institucionalizadas.

CURADORIA SillySeason

 

ARTISTAS NESTA EDIÇÃO:

Diego Bragà
Sara da Graça
Sara Inês Gigante
Filipe Baptista

 

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DIEGO BRAGÀ

Diego Bragà é umx artista Luso-Brasileirx que nasceu em Belo Horizonte e vive em Lisboa. Diego se identifica com o género fluído e iniciou os seus estudos artísticos através da obra da Lygia Clark. Todos os dias se tranca diariamente no escritório e dança freneticamente. Recebeu muito Amor de seus Ancestrais (um deles se vestia de bruxa má). Diego tenta escutar o Universo, buscando um futuro fluido, mágico, levemente mais erótico e bonito pela frente.

Geografia do Amor

Em janeiro de 2022 estreio a Geografia do Amor, a partir da herança de mil documentos que meu tio Ricardo me deixou – colecionados a partir da década de 70 , com um recorte geográfico de 15 países. Nesta coleção, encontram-se 500 cartões-postais de cidades trocados com cerca de 160 homens e 15 países, além de muitas cartas de Amor. Para a ALL TOMORROWS PARTIES pretendo continuar a investigação da criação de texto e monólogos a partir das palavras e da imaterialidade encontradas na herança.

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FILIPE BAPTISTA

Filipe Baptista é um artista multidisciplinar que se move entre a dança/ performance, a música e a arte visual/multimédia.
Colaborou na criação do espectáculo É Difícil Para Mim Dançar!, criou a música de Fuck Me Gently!, ambos de Mário Coelho, e a música da performance Chambre 19, de Beatriz Dias. Em 2020 inicia a criação da performance NADIR, a par do projecto de video-instalação ZÉNITE: Quadros de um Grande Jogo Poético. Cria com a mesma liberdade que as suas ideias lhe imprimem.

ATMA_0.7

 

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dar acesso à matéria escondida,
ao corpo físico invisível.
escutar o núcleo.
o mapa não é o caminho.
há um lobo no meu peito.
há um vulcão no meu peito.
há uma pedra no meu peito.

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SARA DA GRAÇA

Petra.Preta, licenciada em teatro pela ESTC, é artista pluridisplinar e arte-educadora. A partir do seu lugar de fala, questiona-se sobre problemáticas identitárias e de sistemas sociais e as relações de poder que operam como herança de um passado colonial.A forma de expressão não é o ponto de partida, é um veículo para ressignificar, transformar linguagens e criar imaginários seguros e de empoderamento para corpxs marginalizadxs.

SOLO STATUS

 

Fui à procura de um nome para o que sentia. Motor de busca: anxiety over prominent places of speech> add: black artist> *delete > how to know if you’r being used?> token meaning? > tokenism> open new tab> pesquisa: artistes negres+comunidade+lisboa> open new tab> síndrome da preta única > *delete > tokenism vs representation> Solo Status

Começou assim, tem começado sempre assim. Com a necessidade de nomear.

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SARA INÊS GIGANTE

Sara Inês Gigante. Formou-se na ACE – Teatro do Bolhão no Porto, no curso de interpretação e licenciou-se na ESTC, em Lisboa, no curso de actores. Em 2017/2018 estagiou como actriz no Teatro Nacional D.Maria II. Trabalhou com Jorge Silva Melo, Alex Cassal, Bruno Bravo, Pedro Frias, Pedro Gil, entre outros. Em 2019 fez assistência de encenação ao espectáculo A Matança Ritual de Gorge Mastromas de Dennis Kelly, encenação de Tiago Guedes no TNDMII. Em 2021 estreou a sua primeira criação YOLO integrada no Festival Temps d’image em Lisboa.

Título a definir/confirmar

 

Onde eu nasci, há uma festa anual em que me visto com o fato de Lavradeira da minha avó para desfilar na procissão. Pintam-se as ruas com sal colorido durante uma madrugada e cantam-se desgarradas improvisadas ao som de concertinas, e há ainda uns fantoches em ponto grande, os Gigantones, que animam a cidade. As gaitas de foles e os bombos nesses dias são o meu acordar. Mas estas são algumas das minhas. Eu quero conhecer outras. Nestes 10 dias proponho-me a fazer uma primeira pesquisa para um espectáculo a estrear em 2022, em torno de tradições – as minhas, as nossas, e as dos outros.

SillySeason é um coletivo de artistas (Cátia Tomé, Ivo Saraiva e Silva e Ricardo Teixeira) que, desde 2012, se permite a pensar o teatro e as artes performativas, numa busca constante por novos modelos de criação. Têm contribuído para a produção e aprofundamento de novas dramaturgias, numa constante reflexão sobre o que é teatro, ou o que poderá ser. Promovem a construção de objetos que desafiem as suas próprias lógicas habituais a par de uma estrutura que especule o espetáculo multifacetado. O seu trabalho assenta sobretudo na noção de crise, desmistificando-a, e propondo-lhe novas dimensões de cariz histórico e político, no sentido de ir solidificando um discurso cada vez mais urgente acerca de um futuro. Ao longo do seu percurso, os SillySeason têm procurado um trabalho em colaboração e em rede, contactando com diversos artistas de diferentes áreas, com várias estruturas e instituições distintas.

O Coletivo SillySeason é uma estrutura financiado pela Direção Geral das Artes – República Portuguesa.