Pedro Baptista
A Gaivota
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Quarta-Domingo •
Duração: 120min
Classificação etária: 12
Reservas: 7.50€ • 5€ [Desconto]
Trata-se de uma reescrita de A Gaivota de Anton Tchékhov. Parte-se do texto original e escreve-se/compõe-se a partir das questões que dele fazem parte. Aventurar isso de escrever sobre aquelas problemáticas, aquelas figuras, o desassossego que provém de uma qualquer necessidade de relacionar a arte com a vida. Parte-se das questões e adensa-se por outro caminho, como se se esticasse o cordão que Tchékhov primeiramente concebeu. E surge então um texto no qual as palavras do autor/encenador se fundem com as de Tchékhov e, depois, com os corpos que compõe o objeto.
Por fim, torna-se difícil perceber quem fala: de onde vêm aquelas palavras. De que autor. De que corpo. Torna-se difícil detetar quando se está ou não a fazer o texto A ou B, ou mais ainda, a figura A ou B. Onde começa uma e acaba outra. Quem é quem. Ou se estar ali é estar à beira do lago ou estar apenas naquela sala onde está a decorrer a acção/o espectáculo – sem simulacro, sem invocações ou representações. Sem nada no lugar de. A gaivota morta é mesmo só uma gaivota morta. Não há metáfora, nem símbolo. Mas poderemos nós viver sem os símbolos? Sem colocar sobre? Sem construir? Importa isso: questionar. As inquietações que produzem enigmas. O que é isso das novas formas.
TEXTO Anton Tchékhov e Pedro Baptista
ENCENAÇÃO Pedro Baptista
COM Ana Valente, Anabela Ribeiro, Cleo Tavares, Francisco Sousa, Inês Vaz, Mário Coelho e Rita Rocha Silva
DESENHO DE LUZ Manuel Abrantes
Nasceu em Guimarães. Infância e adolescência em Nespereira. Daí vai para Coimbra, torna-se citaquiana e por mero acaso ingressa na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa. Agora é mais uma das actrizes licenciadas. Algumas das pessoas que relembra: os seus amigos e fundadores da DEMO, o Tiago Vieira, o Luís Miguel Cintra, o Tomás Varela e a Carolina Dominguez. Mas o seu desejo mais premente é poder ser um palhaço aos 60 anos.
Após realizados alguns espectáculos com o grupo universitário Miscutem, com o qual partilhou as suas primeiras experiências teatrais, iniciou a sua formação artística em 2012, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 2015 participou nos espectáculos Musgo e Urze, sob direcção de Mariana Ferreira, e As Possibilidades, de Rogério de Carvalho, no Teatro Municipal Joaquim Benite. Nesse mesmo ano, participou no workshop-espectáculo de Mónica Calle, Esta Noite Improvisa-se na Zona J, na Casa Conveniente. Em 2016, integra o elenco do espectáculo é possível respirar debaixo de água, de Mário Coelho; Rifar o Meu Coração de Mónica Calle; e Ensaio Para uma Cartografia, de Mónica Calle, apresentado no Cine –Teatro Louletano, Espaço Neutro, Marvilla Jovem, malavoadora.porto e Teatro Nacional D. Maria II. Em 2017, integra os espectáculos: elena de Mário Coelho, Paisagem de Pedro Baptista (ambos na Comuna-Teatro de Pesquisa) e Os Negros de Rogério de Carvalho, no Teatro Municipal São Luiz. No mesmo ano, integra ainda o elenco do filme Verão Danado de Pedro Cabeleira. Em 2018, faz parte da curta-metragem Verão Danado, protagoniza o filme Diamantino de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, e integra os espectáculos: Triste in English de Sónia Baptista, na Culturgest, e É Difícil Para Mim Dançar! de Mário Coelho, no Teatro da Politécnica.
Completou o Mestrado em Teatro (Artes Performativas – Interpretação), na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em contexto de trabalho em teatro, interpretou textos de James Barrie, Luigi Pirandello, Samuel Beckett ou Tennessee Williams e colaborou com encenadores, como por exemplo Alexandre Lyra Leite, António Simão, Bruno Bravo, Mário Coelho e Ricardo Neves-Neves. Em contexto profissional, também tem trabalhado em longas-metragens, curtas-metragens e trabalhos publicitários com realizadores como Augusto Fraga, Dennis Berry, Marco Martins, Frederico Serra e Tiago Rodrigues.
z Nasceu em 1981. Formada em Teatro na ESTC, frequentou História da Arte na FCSH-UNL. Em teatro trabalhou com Miguel Loureiro, Mónica Calle, Mónica Garnel, Teatro Praga, Francisco Salgado, Tiago Vieira, João Brites, Luís Fonseca, Dinis Machado, Maria Emília Correia, Constanza Macras, Arco Renz, Ricardo Vaz Trindade – entre outros – e em cinema com Isabel Rosa, Fernando Vendrell, Luís Miguel Correia, Luís Fonseca, Manuel Mozos, Tiago Nunes e Patrícia Raposo. Em TV integrou o elenco fixo em várias novelas de que se destacam Resistirei (SIC), Beijo do Escorpião (TVI) e A Única Mulher (TVI). Em 2010 forma a Associação Among Others, co-criando, interpretando e apoiando a produção de Han Shot First (2010), I Love Broadway (2011) e Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett (TNDMII, 2011), As quatro Estações (TNDMII, 2014, TDMII), etc. Aliando o trabalho de criação pessoal e intérprete a outras valências na área do teatro, desde 2010 que faz assistência de encenação, apoio à criação e produção a diversos artistas como Sofia Dinger, Dinis Machado e, recentemente, Manuel Wiborg, Mónica Calle e Mónica Garnel. Desde 2009 que trabalha regularmente com Mónica Calle na CC /ZNV como intérprete, em produção/ comunicação e assistência de encenação, tendo dirigido a produção dos espectáculos Ensaio para uma Cartografia (TNDMII, 2017/2018), Rifar o meu Coração, Quarto Escuro (LUX, 2016) – de que também foi intérprete e co-criadora. Dirigiu também a produção do Festival de Música Zona Não Vigiada 2017, bem como o programa “Residências na Zona“, no mesmo ano, um programa de residências artísticas, complementar ao Festival, que acolheu diversos artistas internacional e nacionais na Zona J em Lisboa, para trabalhar com artistas e habitantes oriundos deste bairro de Chelas em conjunto com outras habitantes da cidade.
Nasceu a 12 de Outubro de 1994. Iniciou, em 2012, a Licenciatura em Teatro – Actores, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 2015, finaliza a Licenciatura, com o espectáculo Os Condenados, sob direcção de Carlos Pessoa, no Teatro Nacional D. Maria II. Em 2016, encena o seu primeiro espectáculo, é possível respirar debaixo de água, a partir de um texto da sua autoria, na Manteigaria Lisboa. Em Junho de 2016, apresenta também FAKE!, uma cocriação com Ana Valentim, Mariana Ferreira e Pedro Baptista, na Rua das Gaivotas6 (e na mala voadora em 2017). No final desse mesmo ano, escreve e encena o espectáculo Voltar À Terra, juntamente com Anabela Teixeira, e protagoniza Rape, de Leonardo Garibaldi, apresentado no TEC – Teatro Experimental de Cascais. Em Abril de 2017, encena elena, na Comuna Teatro de Pesquisa, a partir de um texto seu; e participa enquanto intérprete nos espectáculos: Paisagem, de Pedro Baptista; Depois dos filhos da puta: Aurora e Eu não sou como tu, ambas encenações de Tiago Vieira. Em 2018, encena finado, a partir de um texto seu, na Rua das Gaivotas6; integra o espectáculo Prosopopeia de Pedro Baptista; e apresenta mais duas criações: I’M SO EXCITED!, um dueto com Rita Rocha Silva, na Rua das Gaivotas6; e É Difícil Para Mim Dançar!, no Teatro da Politécnica.
Completou o Mestrado em Teatro (Artes Performativas) na Escola Superior de Teatro e Cinema. Integrou diversas formações em teatro e dança, nomeadamente com: João Mota, John Romão, Jonathan Burrows, Gonçalo Lobato, Nicky Hallett Campbell, entre outros. Em 2012, integra o espectáculo A Lã e a Neve de Madalena Victorino, na Culturgest e na Fábrica ASA (Guimarães). Em 2013, apresenta a sua primeira criação, NÓS ou ensaio sobre a metamorfose, a partir de um texto de sua autoria, na ComunaTeatro de Pesquisa; e integra o espectáculo Overdrama de Chris Thorpe, com encenação de Jorge Andrade (mala voadora) no Teatro Maria Matos. Entre 2013 e 2014 integra a Companhia de dança Estúdio 5, sob a direção de Anaísa Lopes e Filipe Baracho, cujo trabalho culminou na peça Sietemiun, apresentado no Museu Berardo e no Auditório Camões. Em 2014, apresenta a sua segunda criação, Purgatório, um solo que interpretou na Comuna-Teatro de Pesquisa. Em 2015, integra uma leitura encenada de Play de Samuel Beckett e Paisagem com Argonautas de Heiner Muller no Teatro Nacional D. Maria II. Em 2016, apresenta FAKE!, uma criação colectiva, na Rua das Gaivotas6 (apresentada no ano seguinte na mala voadora, no Porto). Em 2017, também na mala voadora, apresenta a sua terceira criação, Rabbits, a partir de David Lynch; integra o espectáculo elena de Mário Coelho e apresenta a sua quarta criação, Paisagem, a partir de um texto de sua autoria (ambos na Comuna-Teatro de Pesquisa). Ainda no mesmo ano, integra a companhia Artistas Unidos, com direcção de Jorge Silva Melo, tendo integrado diversos espectáculos (apresentados no Teatro da Politécnica e no Teatro Nacional D. Maria II), leituras encenadas e leituras para a rádio. Em 2018, integra o espectáculo É Difícil Para Mim Dançar! de Mário Coelho, no Teatro da Politécnica.
Nasceu a 11 de Abril de 1994. É natural de Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro. Em 2012 concluiu o Curso Profissional de Artes do Espectáculo – Interpretação, pelo Conservatório de Música da Jobra, em Aveiro. Em 2015 formouse enquanto atriz pela Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa. Fez parte do Projecto Europeu Under25 Routes com a Cia. João Garcia Miguel. Participou no Gatilho da Felicidade, de Ana Borralho & João Galante; no Duelo, de Miguel Moreira, Cia. Útero; a peça Sim, tenho em mim reunida toda a maldade do mundo, de Tiago Vieira; Casimiro e Carolina, de Tonan Quito; I’m so Excited! de Mário Coelho. Em cinema, trabalhou com Pedro Cabeleira no Verão Danado, David Rebordão na curta-metragem Your Turn e com o Comicalate na série Frágil. Desde muito cedo que complementa a sua formação com dança; participou no Projecto Quorum Academy e, de momento, continua o seu percurso na Jazzy Dance Studios.