Quem tem medo?

Quem tem medo?
Gaivotas Em Terra

Bartolomeu Gusmão & Diogo Nogueira

Quem tem medo?

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Entrada livre: : : : : : : : : : : : : : :
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Horário: 14h — 19h
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Inauguração: 14 MAI, 18h — 21h
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Conversa 'PODIA SER NA TATE MAS É AQUI #2' c/ curador Alexandre Melo: 5 JUN, 19h
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Reservas: €

“O mal é banal.
O único mistério
é o mistério do bem.”

— Adília Lopes

Quem tem medo? apresenta obras de Bartolomeu Gusmão e Diogo Nogueira num encontro que nasce de uma prática artística partilhada e de um diálogo contínuo entre os dois autores. A exposição propõe um espaço onde a pintura se revela enquanto lugar de pausa, observação e escuta — uma forma de habitar o presente com atenção e abertura.

A pergunta que dá título à exposição é uma convocação silenciosa ao visitante. Não define o medo, nem pretende superá-lo, mas coloca-o em suspensão, como ponto de partida para pensar o que nos limita, o que nos desvia ou silencia. O medo não como obstáculo, mas como tensão latente na experiência de desejar, imaginar e criar.

As obras, concebidas individualmente, adquirem novo sentido no conjunto: surgem como fragmentos de uma mesma paisagem sensível. A instalação, composta por pinturas, oferece-se como um território comum — um lugar de convergência, contemplação e de reencontro com o que permanece por dizer.

Neste gesto de partilha, Quem tem medo? sugere a possibilidade de um olhar renovado. Não para ilustrar certezas, mas para abrir um espaço onde o pensamento se pode deslocar, onde o mistério não assusta, mas convida.

Bartolomeu de Gusmão (1993), nasceu em Carcavelos, Lisboa, estudou na Escola Artística António Arroio. Vive e trabalha nas Caldas da Rainha, onde estudou na ESAD.CR, concluindo a sua licenciatura e mestrado em Artes Plásticas. Expõe regularmente, coletiva e individualmente, desde 2013, e encontra-se representado em colecções privadas em Portugal, Brasil e Itália. Trabalha maioritariamente através dos meios da pintura e desenho, onde explora temas ligados aos elementos: rocha, deserto, água, vegetação e a relação do corpo com o elemento natural. Através de imagens que trabalham a óptica da paisagem, são explorados figuras e símbolos bem como referências à história da pintura. Entre a figuração e a abstração, o gesto surge como forma de captar as forças geradoras da produção plástica.
Diogo Nogueira (n. 1999, Porto) vive e trabalha entre o Porto e Paris, onde se encontra a terminar o mestrado em ‘Fine Arts’ como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. O trabalho de Diogo Nogueira explora temas como Imagem, Iconografia e o erótico, com uma abordagem marcada pelo humor e pela criação de mitologias partilhadas. A sua prática multidisciplinar abrange pintura, desenho, cerâmica e instalação, procurando criar novos espaços coletivos através da imagem. Realizou exposições individuais em espaços como Galeria Graça Brandão (Lisboa), Galeria Presença (Porto), e participou em exposições coletivas no CAPC Sede (Coimbra), Centro de Arte Oliva (Aveiro) e Espaço Mira (Porto). O seu trabalho integra coleções como a Fundação Calouste Gulbenkian, a Colecção Municipal do Porto e a Coleção Norlinda e José Lima.
Alexandre Melo nascido em Lisboa, é um crítico de arte, curador, ensaísta e professor. Licenciado em Economia, doutorado em Sociologia e professor de Sociologia da Arte e Cultura Contemporânea no ISCTE. Escreve, desde a década de 80, para as principais publicações portuguesas, entre elas o Jornal de Letras, o semanário Expresso ou o Público, e internacionais, como o El País, e é também colaborador regular de revistas internacionais de arte contemporânea como a Flash Art, Artforum e Parkett. Foi autor do programa de rádio “Os Dias da Arte”. Comissário da representação portuguesa na Bienal de Veneza 1997, com Julião Sarmento e na Bienal de São Paulo 2004, com Rui Chafes e Vera Mantero. Curador das colecções do Banco Privado (em depósito no Museu de Serralves) e da Ellipse Foundation. Colaborador na escrita do argumento de “O Fantasma” de João Pedro Rodrigues. Co-realizador de “Fratelli” de Gabriel Abrantes. Argumentista e autor dos textos dos documentários Colecção Geração 25 de Abril. Foi Assessor Cultural do Primeiro Ministro de Portugal José Sócrates de 2005 até ao final do mandato do mesmo.