João Estevens (Rabbit Hole) e convidadxs
Artes Performativas e Cultura Digital
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Classificação etária: +12
Reservas: Entrada livre • [Performances: 5€]
18H • Lançamento do livro Artes Performativas e Cultura Digital, ed. João Estevens (Rabbit Hole) e Montanha + Conversa com xs autorxs
O livro estará à venda na Rua das Gaivotas 6 durante os 3 dias
21H • Performance Lost in Cyberia Pro1.2 de João Estevens
17H30 • Instalação-performance ongoing Measurability de Daniel Pinheiro
18H • Conversa com Patrícia Azevedo Silva, Francisco Frazão & Luísa Sol (PT) + Last night technology saved live art com Ana Veiga Riscado, Ant Hampton & João Estevens (EN)
18H • Conversa online com Patrícia Azevedo Silva & Britt Hatzius (EN com legendagem em PT)
19H30 • Performance what to stream_when we all float // compost de Bartosz Ostrowski em diálogo com Jan Kanty Zienko
Grande parte da criação performativa assenta na exploração de ambientes virtuais enquanto proposta ficcional. Os avanços tecnológicos das últimas décadas, em particular o advento da internet e o surgimento dos primeiros programas de navegação nos anos noventa, fizeram com que todos os domínios societais se recriassem, pelo que as artes performativas – e a cultura em geral – também têm evoluído dentro deste sistema em transformação. Neste contexto tecnocultural, as artes performativas são confrontadas com outras linguagens, estéticas, relações políticas e artistas.
Neste evento sem ‘cookies’ e ‘plugins’, propõe-se uma reflexão aberta e conjunta sobre o tópico, ‘navegando’ livremente por um conjunto de temas: reconfigurações de perceções, modos de ficção, composição de dramaturgias, interatividade, o(s) lugar(es) do(s) ecrã(s), a performance online, entre outros.
O convite está feito.
17 Nov, qua || 18H
⋮ LANÇAMENTO ⋮
ARTES PERFORMATIVAS E A CULTURA DIGITAL
A expansão da cultura digital e a densificação do contexto tecnocultural nas últimas décadas fizeram com que as artes performativas fossem confrontadas com outras linguagens, estéticas, relações políticas e artistas. Sem ‘cookies’ nem ‘plugins’, este conjunto de textos propõe uma reflexão aberta sobre o tópico, navegando livremente por temas (representações do eu, criação de ficções, composição de dramaturgias, interatividade, utilizações do ciberespaço) e mapeando percursos, perceções e práticas existentes nas múltiplas relações entre as artes performativas e a cultura digital.
17 Nov, qua || 21H
⋮ PERFORMANCE ⋮
LOST IN CYBERIA 1.2 (2019)
Em Lost in Cyberia Pro 1.2, o performer está ausente atrás de um ecrã. Existe apenas a internet e uma presença omnisciente de um narrador de imagens, por vezes perdido entre a descrição de cidades à noite e a solidão do online. Ao incorporar um espírito drone, propõe-se uma viagem virtual à volta do mundo com xs visitantes, procurando uma (re)conexão e a partilha de uma experiência com quem está presente. Esta performance utiliza geotecnologia e o conceito de território como forma de ativar a memória e criar intimidade, aproximando o performer e o espetador.
Criação e performance: João Estevens
Produção: Associação Cultural Rabbit Hole
Apoios: Fundação GDA, YEP-Young Emerging Performers
Residências artísticas: O Espaço do Tempo, Rua das Gaivotas 6
Agradecimentos: João Cristóvão Leitão
18 Nov, qui || 17H30
⋮ INSTALAÇÃO-PERFORMANCE ⋮
MEASURABILITY
Ativada em frente do ecrã do computador esta video-performance procura utilizar o corpo e um objeto que serve à medição do espaço para criar um movimento no contexto do próprio ecrã. As implicações deste movimento permitem um desfasamento que resulta de um rebatimento da dimensão do próprio ecrã para o espaço físico, justapondo o “aperto psicológico” com o “assalto físico ao mecanismo” para comentar ambos a partir do seu interior. Considerado (o ecrã) como uma ‘janela virtual’ que reflete a forma como interagimos e nos representamos na sociedade contemporânea, o ecrã torna-se o intermediário de uma situação entre o ‘eu’ e a sua extensão na esfera digital.
Criação e performance: Daniel Pinheiro
19 Nov, sex || 19H30
⋮ PERFORMANCE ⋮
what to stream_when we all float // compost (2021)
Uma performance a decorrer simultaneamente em Lisboa (Portugal) e Cracóvia (Polónia). O evento recorre à improvisação e aborda o streaming como um instrumento particular de coexistência e comunicação.
O título da obra original é “compost” – uma instalação performativa criada como manifesto. Os humanos, como representantes da sua espécie e parte de uma paisagem mais vasta, estão no cerne do nosso interesse. Numa paisagem em extinção, podemos vislumbrar alguns aparecimentos através de contactos. Os incidentes micro realistas e poéticos estão a acontecer entre os humanos, os humanos e outros seres, ou na própria linguagem. Inspirados por Donna J. Haraway, tentámos criar um palco extemporâneo onde há espaço para comunidades interespécies (humanos, cães, plantas). Neste poema-espetáculo, corpos e significados podem flutuar. Mas o que é que pode ser realmente transmitido em streaming e sem a presença física de uma das partes?
Conceito: Bartosz Ostrowski e Jan Kanty Zienko
Texto: Mateusz Górniak
Performance: Michał Balicki, Weronika Janosz, Bartosz Ostrowski, Magdalena Woleńska, Chłopi Tomi, Cis Konrad
Apoio à criação: Michał Borczuch
Direção do projeto em streaming “compost”: Jan Kanty Zienko
Evento organizado por João Estevens (Rabbit Hole)
Com Ana Veiga Riscado, André e. Teodósio, Ant Hampton, Bartosz Ostrowski, Britt Hatzius, Clara Gomes, Daniel Pinheiro, Francisco Frazão, Jan Kanty Zienko, José Vozone, Luísa Sol, Patrícia Azevedo Silva, Rita Lamas, entre outrxs.
Autorxs: Ana Libório, André e. Teodósio, Carlos Oliveira, Clara Gomes, Daniel Pinheiro, Eunice Gonçalves Duarte, João Estevens, Mariana Viterbo Brandão, Odete, Paula Caspão, Raimundo Cosme/Plataforma285, Raquel André
Publicação editada por Montanha e Rabbit Hole
Parceiro institucional: República Portuguesa – Ministério da Cultura
Apoio: República Portuguesa – Cultura I DGARTES – Direção-Geral das Artes
João Estevens é criador, performer e investigador. Tem formação em ciências sociais, artes performativas e estudos visuais, estando a concluir o seu doutoramento. Na sua
prática artística, preza formatos híbridos, recorre a dramaturgias abertas e procura expandir a relação entre o objeto performativo e xs espetadorxs, visitantes, ou participantes, cruzando as artes performativas e as artes visuais no desenvolvimento da sua linguagem. Integra o coletivo Rabbit Hole desde a sua fundação, estrutura onde tem fortalecido as suas práticas colaborativas.
A Rabbit Hole é uma estrutura de criação artística transdisciplinar que, desde 2011, dedica a sua atividade à interseção de práticas artísticas, políticas queer feministas, cultura DIY e coletivismo. Desde que foi fundada, há 10 anos, a Rabbit Hole organizou festas, ciclos de cinema e vídeo arte, espetáculos de teatro, performances, concertos, debates e projetos educativos, tendo colaborado com galerias, museus, festivais, universidades e outras estruturas culturais a nível nacional e internacional.
Como agente cultural, a Rabbit Hole procura afirmar-se enquanto plataforma de inclusão para expressões artísticas e identitárias marginais, de cruzamento de linguagens éticas e estéticas, valorizando a criação artística pluridisciplinar e experimental. Do coletivo Rabbit Hole fazem parte um grupo de artistas provenientes de diferentes áreas, articulando o pensamento das ciências sociais e novas tecnologias com as suas práticas artísticas – teatro, performance, dança, música, cinema e curadoria.