Nuno Marques Pinto
AEROFONE
“o texto volta: é volátil, é voltaico, é vómito, é voluta, é vogal, é volúpia , é volume, é vontade , é vulva , é vulnerável, é voz, é voraz, é revolta.” – E . M . de Melo e Castro
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Quarta-Sexta •
Duração: 45min
Classificação etária: +12
Reservas: 7€ • 5€ [Desconto]
Com o propósito de celebrar a vida, o sinal e a letra do Poeta/ Inventor E . M de Melo e Castro e por extensão o legado do CONCRETISMO BRASILEIRO (Décio Pignatari, Haroldo de Campos , Augusto de Campos, revista NOIGANDRES) na PO.EX PORTUGUESA, esta criação explora diferentes paisagens sonoras ao dar primazia às formas pré-verbais da linguagem, com o intuito de transformar e transtornar a lógica discursiva, utilitária e funcional da língua.
Privilegia-se a voz ou as vozes enquanto corporeidade, onde o respirar, o ritmo, o agora da presença carnal têm precedência sobre o logos.
Texto, voz e ruído fundem-se para produzir um espaço de associação na consciência do espectador.
Neste processo a palavra ressurgirá, em toda a sua dimensão e volume , como sonoridade, como corpo, como desconstrução poética.
NUNO MARQUES PINTO
Nuno Marques Pinto é performer , actor , músico `patafísico e afins ; o seu trabalho é uma reflexão sobre a voz e a linguagem. A voz é tratada segundo padrões formais musicais ou arquitectónicos – repetição , distorção , sobreposição , ruído , grito , – para uma música de várias línguas, transformando o acto da fala em acontecimento, em situação , em corpo falante.