Colectivo Qualquer & Carolina Campos
PRAIA
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Quinta-Sábado •
Duração: 50min
Classificação etária: m/12
Reservas: 8€ • 5€ [Desconto]
… Num jardim zoológico, olhamos para um leão dentro de uma jaula. Tiramos o leão e colocamos em seu lugar o quadro Guernica de Picasso. Estamos a olhar para a Guernica de Picasso dentro de uma jaula. Tiramos a jaula e o zoo e colocamos um deserto. Estamos a olhar a Gernika de Picasso num deserto. Tiramos o Gernika e colocamos um museu. Agora, estamos a olhar o museu sobre um deserto. Tiramos o deserto e colocamos Amy Winehouse. Vemos a Amy Winehouse a entrar numa das salas do museu. Tiramos o museu e colocamos um microfone com um bar ao fundo. Estamos, então, a ver a Amy Winehouse diante de um microfone com um bar ao fundo. Tiramos Amy Winehouse e colocamos Fidel Castro falando incansavelmente em espanhol. Isso quer dizer que estamos a ver o Fidel Castro a falar diante de um microfone em frente a um bar. Tiramos o bar e colocamos a Casa Branca. Olhamos o Fidel Castro a falar diante de um microfone em frente à Casa Branca. Tiramos Fidel Castro e a Casa Branca e colocamos um cemitério em frente ao atual presidente dos Estados Unidos. Estamos a ver Donald Trump falando em espanhol diante de um microfone em frente a um cemitério. Imediatamente tiramos sua voz e ele fica ali gesticulando mudo diante de um microfone. Logo tiramos Donald Trump e o cemitério e colocamos uma pessoa qualquer e um pavilhão vazio iluminado com lâmpadas fluorescentes. Colocamos nessa pessoa um cocktail de pensamentos divergentes e tiramos o microfone e o pavilhão. O que resta é um corpo gesticulando, carregado de pensamentos divergentes, flutuando em algum lado….
ideia, coreografia e performance Coletivo Qualquer: Luciana Chieregati e Ibon Salvador + Carolina Campos
criação de luz Leticia Skrycky
produção Asociación Artístico Cultural Luciérnaga
fotografia Gurutz Gonzalez
figurino Coletivo Qualquer
apoios Azala Kreazio Espazioa, Departamento de Cultura del Ayuntamiento de Bilbao, Atelier RE_AL, Residencia de Creación en La Fundición, Camara Municipal de Lisboa e Polo Cultural Gaivotas Boa Vista
Esta peça foi subvencionada pelo Departamento de Educação, Política Lingüística e Cultura do Governo Basco.
Luciana Chieregati e Ibon Salvador (BR-PAÍS VASCO)
O Coletivo Qualquer nasce em Lisboa no ano de 2008 a partir do encontro entre os coreógrafos e investigadores Luciana Chieregati (BR) e Ibon Salvador (ESP). Luciana é formada em dança pela Universidade Anhembi Morumbi e Ibon é formado em Belas Artes pela Universidade do País Basco. Ambos são mestres em Práctica Escénica y Cultura Visual pela Universidade Castilla La Mancha, em colaboração com o Museo Reina Sofia. Seu interesse centra-se na elaboração de peças de dança em cruzamento e intersecção com a filosofia contemporânea. Elaboram trabalhos limítrofes que dialogam com o cotidiano, investigando, sobretudo, novas linguagens a partir da coreografia. Desde 2013 se afincam em Bilbao onde desenvolvem os projetos coreográficos OVER, Huts–Artean, GAG, Lecturas Irreparables e It was a large room.
1978
Caxias do Sul (BR) É brasileira e atualmente reside em Lisboa. É licenciada em Comunicação e pós-graduada em Fotografia. Começou a trabalhar com dança em 1998 na Cia Municipal de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, tendo-se mudado para o Rio de Janeiro em 2007 onde foi bailarina da Lia Rodrigues Cia de Danças até 2011. Tem especial interesse em estar envolvida com diferentes modos de colaboração e em perceber como estes processos atravessam os objetos artísticos. Neste sentido tem colaborado e desenvolvido experiências com artistas nacionais e estrangeiros, dos quais destaca Cláudia Dias (PT), Calixto Neto (BR), Ivan Haidar (AR), Sezen Tongus (TUR), Julia Salaroli (BR), Marcia Lança (PT) e Coletivo Qualquer (ES/ BR). Desde 2012 colabora com João Fiadeiro nas diversas plataformas que este desenvolve, desde a formação e investigação a partir da Composição em Tempo Real, passando pela programação do Atelier Real, ou na criação coreográfica. É intérprete e co-criadora da última peça do coreógrafo “O Que Fazer Daqui Para Trás”. Trabalha atualmente enquanto assistente e ensaiadora da peça “O Limpo e o Sujo” de Vera Mantero.
Myriam Petralanda, Dima (País Vasco) Percusionista-baterista e criadora sonora. Integra desde 2013 grupos e bandas locais de amplo estilo rock-pop. A partir de 2006 integra Gora Japón junto ao criador-músico Jon Mantzisidor, com quem desenvolveu a improvisação e experimentação musical em diversos contextos. Colaborou com divers@s creador@s-music@s-artistas tais como Janire Salvador (Rabid harpy/Nadass), Raketa Brokovitx, Asier Etxeandia, Rober!(atom rhumba), Miguel A. Garcia (xedh), Oleg Soulimenko, Itziar e Itxaso Markiegi, Idoia Zabaleta, Carla Fernández, Unai Kerexeta, Inazio Escudero , Camila Téllez, Coletivo Qualquer, Nilo Gallego, Chus Dominguez… Aproximando-se mais ao performativo em ocasiões, através destas colaborações. Atualmente forma parte do projeto de experimentação sonoraperformativa MAGMADAM junto com Itziar Mark e participa da criação Lur Away de Senhora Polaroiska.