Gaivotas ↔ Belém (Festival)

Gaivotas ↔ Belém (Festival)
Gaivotas Em Terra

Bruna Carvalho, Joãozinho da Costa, Luara Raio & Silvestre Correia

Gaivotas ↔ Belém (Festival)

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Duração: 60min
Classificação etária: a definir consoante cada evento
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𝐁𝐈𝐋𝐇𝐄𝐓𝐄𝐒 𝐑𝐔𝐀 𝐃𝐀𝐒 𝐆𝐀𝐈𝐕𝐎𝐓𝐀𝐒 𝟔: 10€ • 7,50€
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𝐁𝐈𝐋𝐇𝐄𝐓𝐄𝐒 𝐂𝐂𝐁: 10€
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𝟏𝟑 𝐅𝐄𝐕, 𝐝𝐨𝐦: conversa pós-espectáculo

Reservas: €

é uma mostra de artes performativas que acontecerá na Rua das Gaivotas 6 e no Centro Cultural de Belém, de 8 a 13 de março de 2022. Resulta de uma união de esforços entre o Teatro Praga, O Espaço do Tempo e o Centro Cultural de Belém, no sentido de oferecer condições e espaços de visibilidade e de reconhecimento a artistas emergentes da cena contemporânea portuguesa. Esta primeira edição, com programação e coordenação de Rui Horta e Pedro Barreiro, contará com estreias de espetáculos de Bruna Carvalho, Joãozinho da Costa, Luara Raio e Silvestre Correia.

* Dia 13 de Março, domingo, haverá uma conversa pós-espectáculo, no CCB, sobre esta primeira edição do festival Gaivotas <-> Belém

PROGRAMA

8-9.03

terça e quarta • 20H
RUA DAS GAIVOTAS 6 | +12

JOÃOZINHO DA COSTA
FIDJO DI TCHON

9-10.03 

quarta e quinta • 21H
BLACK BOX CCB | +6

BRUNA CARVALHO
PENUMBRA

11-12.03

sexta e sábado • 20H
RUA DAS GAIVOTAS 6 | +12

SILVESTRE CORREIA
FILME

12-13.03

sáb e domingo • 19H e 16H
BLACK BOX CCB | +18

LUARA LEARTH
APOCALYPSO

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JOÃOZINHO DA COSTA

FIDJO DI TCHON

Criação Joãozinho da Costa
Interpretes Luis Mucauro, Rolaisa Embaló, Joãozinho da Costa
Dramaturgia Madiu Furtado
Apoio à Dramaturgia Rui Catalão
Apoio artístico Giovanni Lourenço
Luzes João Chicó
Produção Gonçalo Rocha
Co-produção ARTEPÓLON ASSOCIAÇÃO, Centro Cultural de Belém, O Espaço do Tempo & Rua das Gaivotas 6/ Teatro Praga, Câmara Municipal da Moita – CEA
Apoios Fundação Calouste Gulbenkian, Rua das Gaivotas 6, Self-Mistake

Crítica à conduta das sociedades em relação ao lixo que elas acumulam e aos comportamentos inconscientes dos cidadãos, a peça é construída a partir da chegada a Bissau de um guineense que mora na Europa. Essa personagem está de regresso ao seu país de origem após 18 anos, desejoso por conhecer e redescobrir todos os lugares. Num cenário que simula os lixos espalhados pelas ruas de Bandim, com roupas compondo a acumulação, ele surge a entregar o seu lixo a um grande amigo de infância, uma vez que não existem caixotes. É por meio desse ato, uma tentativa de se ilibar da responsabilidade pelo lixo que se vai amontoando, que surge a história da rapariga do chapéu, jovem que alimenta o sonho de viajar para Portugal e encontrar no país a felicidade. FIDJO DI TCHON invoca no palco os corpos em movimento que tomam a forma de pincéis e pintam com as suas danças as telas em branco, tendo como fundo musical melodias guineenses e projeções de vídeos e imagens das ruas de Guiné-Bissau.

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BRUNA CARVALHO

PENUMBRA

Criação e Interpretação Bruna Carvalho
Música Bruna Carvalho
Desenho de Luz Zeca Iglésias, Bruna Carvalho
Direção Técnica Zeca Iglésias
Cenário Bruna Carvalho
Produção Bruna Carvalho
Apoio Textual Rita Bernardes, Fernando Figueiredo
Imagens Zeca Iglésias, José Presumido
Vídeo Rui Graça
Comunicação Eduardo Hall
Co-produção Centro Cultural de Belém, O Espaço do Tempo & Rua das Gaivotas 6/ Teatro Praga
Apoios BLX-Biblioteca de Marvila, Centro de Experimentação Artística-Município da Moita, Devir-Capa, Eira, Fundação Centro Cultural de Belém, Forum Dança, Musibéria, O Espaço do Tempo, Rua das Gaivotas 6, Teatro do Noroeste-Centro Dramático de Viana

Penumbra é uma composição a solo que explora a cristalização de imagens no plano da luz e sombra puras. Nela questiona-se o que construir a partir da impossibilidade em observar e escutar o corpo na sua totalidade enquanto elemento externo e de que forma é possível trabalhar o potencial da luz na nossa perceção do mundo.

Num processo de trabalho coreográfico, de sonoplastia e de desenho de luz sem relação hierárquica, a luz opera como um mote para sequências figurativas, inscrevendo o movimento do corpo numa relação perene com a sombra, que propõe uma poética conjunta do que propriamente não se define ou fecha por natureza, apenas se figura ou projeta entre luz e sombra: Penumbra.

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SILVESTRE CORREIA

FILME

Filme procura o encontro da ferramenta teatral com a do cinema.
Trata-se de um ato performativo que se duplica e cujas partes jogam entre si numa constante luta pelo incerto. Em Filme, encontramos uma cadeira solitária e nela um indivíduo (igualmente solitário) que observa o que ditará as suas futuras ações. Uma tempestade de imagens e sons que transportarão o espectador para um universo que outrora não existia. Um presente em constante construção ao procurar alcançar algo inatingível: o Belo, um ser divino que se esconde e pouco se mostra.

 

Criação Silvestre Correia
Com Silvestre Correia
Assistência Carolina Dominguez
Participação especial António Olaio
Registo Vídeo Francisco Carvalho
Co-produção Centro Cultural de Belém, O Espaço do Tempo & Rua das Gaivotas 6/ Teatro Praga, TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente

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LUARA RAIO

APOCALYPSO

Aqui neste espaço onde nos encontramos as paredes amolecem-se. Elas estão húmidas e começam a suar um líquido cheio de feromonas que nos sinalizam calma e prazer. Começamos também a transpirar de leve, e os nossos orifícios lubrificam-se relaxados. Boto o meu dedo indicador na boca, e com a saliva que recolho desenho no chão uma encruzilhada. O rastro molhado começa a acender-se, enquanto o interior desses caminhos escurece. Estamos no meio da encruzilhada, e as quatro direções à nossa volta espiralam, planam, explodem, replicam-se.

Seguimos todos os caminhos ao mesmo tempo.

A palavra apocalipse vem do grego APO – tirar, e KALUMA – véu, significando literalmente DESVELAR. DES-VER. VELAR. Pensamos APOCALYPSO como uma possibilidade de retirar os véus que cobrem construções invisíveis do mundo colonial enquanto uma maneira de destruí-lo. Essa destruição surge numa encruzilhada sensitiva que ativa o corpo como lugar cartográfico de atravessamento, onde performatividade, espiritualidade, ficção e feitiço se cruzam e turvam os seus limites.

Apocalypso é um duo conceptualizado e dirigido por Luara Raio, interpretado e cocriado com a bailarina e coreógrafa brasileira Acauã El Bandide Sereia. A cenografia é de autoria da artista, performer e cenógrafa Anat Bosak e a iluminação assinada pela performer e iluminadora Luisa Labatte. O processo criativo teve início em dezembro de 2021 no ICI-CCN – Centro Coreográfico Internacional de Montpellier no contexto do Master exerce.

Conceção e dramaturgia Luara Raio
Coreografia e performance Luara Raio e Acauã El Bandide Sereia
Cenografia e figurinos Luara Raio e Anat Bosak
Desenho de luz Luisa L’Abbate
Co-produção Centro Cultural de Belém, O Espaço do Tempo & Rua das Gaivotas 6/ Teatro Praga
Residências artísiticas Honolulu Residency (Nantes, França), Criatório – Circolando (Porto, Portugal), ICI—CCN (Montpellier, Frana), Forum Dança (Lisboa, Portugal)
Apoios ICI—CCN, Circolando, Centro Cultural de Belém, Rua das Gaivotas 6, O Espaço do Tempo

 

Projecto financiado pela República Portuguesa – Cultura | DGARTES-Direcção Geral das Artes.