RÚPTIL – Na Era dos Castigos Incorpóreos

RÚPTIL – Na Era dos Castigos Incorpóreos
Gaivotas Em Terra

Flávio Rodrigues

RÚPTIL – Na Era dos Castigos Incorpóreos


  • Sábado •
    Rúptil - na era dos castigos incorpóreos

  • Sábado •
    Interfluências #6

Duração: 45min
Classificação etária: 6
bilhetes: 5€ por um dia / 10€ por três dias

Reservas: 5€ • 10€ [Desconto]

CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO Flávio Rodrigues
ASSISTÊNCIA Bruno Senune
VÍDEO Eva Ângelo
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS E APOIOS Arte Total (Braga, PT), Balleteatro (Porto, PT), Ilke Studio (Berlim, DE), Teatro Municipal do Porto/Festival DDD – Dias da dança (Porto, PT), Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra, PT), Península/BRONZE (Porto Alegre, BR), Circolando (Porto, PT), DEVIR CAPA (Algarve, PT), Câmara Municipal da Moita/Centro de Experimentação Artística (Vale da Amoreira);
APOIO FINANCEIRO E DE GESTÃO Bactéria;
CO-PRODUÇÃO Teatro Municipal do Porto/Festival DDD – Dias da dança (Porto) e Arte Total (Braga);
APOIO À INTERNACIONALIZAÇÃO Fundação Gulbenkian
APOIO À CRIAÇÃO Fundação GDA.

Flávio Rodrigues (1984), artista portuense, apresentará os seus últimos três projetos de criação em Lisboa, no Rua Gaivotas 6. São projetos a solo, de carácter experimental, de natureza híbrida e multidisciplinar. A dança, manipulação de objectos, performance, desenho e a presença de paisagens sonoras são alguns dos mediums invocados.

O primeiro, a acontecer no dia 13 de Fevereiro, quinta-feira às 21h30, intitula-se de “Efígie | Princípios”. Este projeto estreou-se em 2017 no Armazém 22 em Vila Nova de Gaia e teve como base de exploração e pesquisa questões relacionados com a Extinção, Desaparecimento e Fim. No texto documental e de sala lemos que “O corpo, construtor do movimento e do espaço cénico, viaja através de uma floresta (panorama / orto utópico) referente a uma não-civilização, à neutralidade, ao niilismo e à negação de um sistema capitalista.” Como também é referido que esse mesmo corpo “Vagueia por uma memória primordial, na possibilidade de manipular o tempo, recuá-lo e recuperá-lo. Este corpo, a que chamo agora transeunte, encontra-se a desaparecer na escuridão, no abismo, na queda, na ameaça do desaparecimento, tal como a acção (performance)”.

No dia 14, Sexta-feira, também às 21h30, acontecerá o projeto criado e estreado em 2018 no Teatro Carlos Alberto /TNSJ, “Magma | No limite da Selvajaria”. A violência surge e persiste como palavra-chave, marcando presença durante os 8 meses do processo de criação. A performance consiste numa série de acontecimentos exploratórios em torno de objectos e materiais conquistados durante uma série de residências, e também na pratica de duas longas caminhadas.

Em entrevista ao jornal Público, Flávio Rodrigues refere que: “O imaginário punk é muito forte aqui. Quando era miúdo era um puto punk do Porto e quis recupera as roupas que vestia, bem como a ideia de não comprar coisas, de reciclar. O mapa colorido gigante, por exemplo, é uma espécie de patchwork feito com restos de papeis de embrulho do Natal e pacotes de bolachas oreo”.

Para encerrar, no dia 15, no mesmo horário das sessões anteriores, será apresentado o projeto, “Rúptil | Na Era dos Castigos Incorpóreos”. É uma performance e consiste num dispositivo cénico/escultórico, resultante de uma série de ações performativas visando implementar/construir esculturas de materiais variados, em comum brutos, primários e basilares tais como pedras, panos ou ferros. Os materiais foram recolhidos através de caminhadas que o autor realizou durante o ano de 2018 e 2019. A estreia aconteceu primeiramente em Braga na Arte Total, para além de outras reposições, destacamos aqui o espaço devoluto, o último piso do palácio dos correios CTT no coração da cidade do Porto, apresentação inserida na programação do Festival DDD. Sobre este projeto, Flávio conclui sendo, na sua essência processual, nómada e recoletor. Uma ode à beleza do caos que é a nossa existência.

No dia 15 de fevereiro, às 16h00 acontecerá uma conversa com o artista no âmbito do “Interfluências”.

Estas apresentações tiveram o apoio da Fundação GDA.

Flávio Rodrigues nasceu em Vila Nova de Gaia (Mafamude-1984). Atualmente reside no Porto (Portugal).

Começou a dançar e a desenhar com a professora e artista Alexandrina Costa (1992). Tem formação em Dança pelo Ginasiano (1996), Balleteatro Escola Profissional (2003), Dance Works Rotterdam (2005) e pelo Núcleo de Experimentação coreográfica (2008).

Frequentou o curso de Intervenção Pública e Criação de Obras Site-specific na Universidade Lusófona (2009) e frequenta o curso de Dj na escola Bimotor (2015).

Em 2012 participa nos encontros Les Réperages/Danse à Lille e integra, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, a residência coreográfica Correios em Movimento/Dança em Trânsito, Rio de Janeiro.

Desde 2006 que desenvolve os seus projectos pessoais (performances, filmes; instalações; paisagens sonoras; intervenções públicas) apresentando-os em diferentes contextos : CATÁLOGO (2008), Starveling (The rite of spring) (2012), RARA (2014) e MAGMA (2018) são alguns dos títulos.

Colaborou (como interprete, músico ou figurinista) em projectos com diferentes criadores tais como Né Barros, Isabel Barros, Joclécio Azevedo, Vítor Rua, Tânia Carvalho, Joana Castro, Bruno Senune, Elisa Worm, Mariana Amorim, Teresa Prima, Radar 360º e Cristina Planas Leitão.
Foi intérprete da companhia Ballet Contemporâneo do Norte entre 2009 e 2014.

É colaborador do Balleteatro desde 2012 como criador, formador ou performer.