All Tomorrows parties – 3ª Edição

All Tomorrows parties – 3ª Edição
Gaivotas Em Terra

SillySeason

All Tomorrows parties – 3ª Edição


  • Sexta •

  • Sábado •

entrada livre ::: reservas para reservas@ruadasgaivotas6.pt

Reservas: Entrada livre

A 3a edição de ALL TOMORROW’S PARTIES, um projeto-curadoria dos SillySeason, apresenta três artistas de diferentes áreas que têm como vontade comum a experimentação livre e urgente. Durante dez dias, os artistas habitarão a Rua das Gaivotas6, com vista a construírem distintos objetos artísticos, na senda de um discurso cada vez mais consciente, politizado e independente. Como missão, o coletivo SillySeason propôs-se a dar espaço, visibilidade e condições de criação – visando a promoção de um pensamento que considere novo e urgente, que dê forma e representatividade a diferentes linguagens. Aos artistas, foi oferecida uma bolsa de criação, querendo recusar a habitual falta de suporte que assola os artistas cujo foco de trabalho se situa num âmbito mais “experimental” e, por isso, tido como “marginal”. ALL TOMORROW’S PARTIES é então um espetáculo dilatado constituído por diversos lugares de fala que se apressam a pensar e a inscrever-se num amanhã cada vez mais veloz, recusando lógicas de poder institucionalizadas.

CURADORIA SillySeason

 

ARTISTAS NESTA EDIÇÃO:

Diana de Sousa
Miguel Ferrão Lopes
Nëss

 

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DIANA DE SOUSA
Com formação em Teatro (ESMAE/ESTC), Diana de Sousa deu início à criação artística em 2017, com o projecto “TRAVESSA DA ESPERA”, que teve estreia no Programa Cultura em Expansão, apoiado pela Câmara Municipal do Porto. Em 2018, concebeu e encenou a bela_adormecida, co-produzido pelo RIVOLI – Teatro Municipal do Porto e apresentado no âmbito do FITEI. Sendo o projecto da bela_adormecida a designação que engloba a criação de vários espetáculos e performances ao longo de um período alargado em que o mesmo tema é explorado em diferentes formatos e com diferentes métodos e relações com _s espectador_s, em 2019 e 2020 dirigiu e concebeu bela_adormecida – versão duracional com apoio do Atelier Real//DES|OCUPAÇÃO, Largo Residências em Lisboa e Linha de Fuga – Laboratório e Festival Internacional de Artes Performativas em Coimbra. Em 2021 estreou na plataforma TWITCH.TV bela_adormecida [ CAM :: ON ]. Neste momento encontra-se a desenvolver bela_adormecida(como)dormirsemalmofada.
GALINASSAGE
“Por vezes penso não ser mais do que uma galinha que cacareja, com as penas e as patas sujas de merda, o papo cheio de calhaus.”
#instalação #performance.

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MIGUEL FERRÃO LOPES
Miguel Ferrão Lopes (n. 1988, Castelo Branco) define-se como artista performativo e visual. Licenciado em Cultura Visual (pelo IADE, em 2010), explora no entremeio das artes performativas a sua relação com o corpo-matéria e o corpo-memória, colocando-o na esfera do íntimo, da tensão e da transgressão em narrativas que atravessam o
concreto e o abstrato. Em 2018, inicia formação no Chapitô e Fórum Dança. É seleccionado para o Programa Avançado de Criação em Artes Performativas 3 (Fórum Dança), com curadoria de Vânia Rovisco, onde apresenta diferentes pesquisas performáticas. Destaca a primeira criação, “We Might Look for New Lovers” (2019), que estreia no festival Gaivotas em Marvila; a instalação performativa “Eres victima de tu propio invento: una cercanía a nuestra intimidad” (2021) para o Festival Fuori Visioni (Itália); e a performance site-specific “El Cuerpo Consumido Por Su Propia Naturaleza: Os Actos Finais” (2021). É intérprete de Ana Borralho & João Galante em “Sexy M/F”, em “Burn Time” de André Uerba, em “O Escuro que te Ilumina ou As Últimas Sete Palavras de Cristo” e “Só eu Tenho a Chave Desta Parada Selvagem” de Mónica Calle.
O Florescimento Prodigioso da Raiva
O Florescimento Prodigioso da Raiva é o tempo da devassidão e do afecto: é uma reflexão sobre a dilaceração, a ruptura transformadora, a sofreguidão pelo sofrimento, a frágil potência da resiliência, a fuga e o encontro, o amor e o desejo – sejam eles belos ou bélicos. Fala do corpo, do corpo-pele e do corpo-espírito. É um solo-ritual, um solo-festa ou um diálogo de amor em guerra, uma comunhão pela abissal presença humana, pela perversão e virtuosidade, é um convite à libertinagem do pensamento atroz e compassivo.
#performance

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NËSS
Orgulhosamente oriunde das Mercês na linha de Sintra e vértice do núcleo duro da família da Troublemaker Records, nëss singer-songwriter e perfomer, escancara sem medos todas as fragilidades, medos, anseios da sua identidade não-binária, queer e negra em canções carregadas de gente e vida. Reflexo bem pessoal das suas vivências, que das angústias da depressão e da dúvida procuram vislumbrar a esperança, os limites do perdão, arrepiar caminho. É indie nascido por entre o betão dos bairros periféricos e dos skate parks, dos smartphones a bombar kizomba e trap, dos regressos sonâmbulos a casa de comboio, das famílias que não escolhemos e daquelas que nos acolhem, da honestidade.
nothing and everything in side
nëss, artista oriunde das Mercês (linha de Sintra) e membro da editora Troublemaker Records, que no passado nos presenteou com canções tão urgentes como don’t ask, it’s rude, how much i cared will never reach it’s peak ou KARMA, irá apresentar nesta residência uma paisagem sonora e visual, ao qual deu o título de “nothing and everything in side” nëss utiliza esta peça como um espelho, não só para olhar para dentro e refletir sobre a sua identidade (abordando questões prementes como ser uma pessoa racializada e não binárie), mas também para levar o público a enfrentar esse mesmo espelho, explorando desta forma como as suas identidades e os seus corpos são percecionados peles outres. Através de uma miríade de elementos sonoros e visuais, nëss levará as pessoas numa busca introspetiva pelo tudo e o nada que habita cada corpo.
#música #performance.

SillySeason é um coletivo de artistas (Cátia Tomé, Ivo Saraiva e Silva e Ricardo Teixeira) que, desde 2012, se permite a pensar o teatro e as artes performativas, numa busca constante por novos modelos de criação. Têm contribuído para a produção e aprofundamento de novas dramaturgias, numa constante reflexão sobre o que é teatro, ou o que poderá ser. Promovem a construção de objetos que desafiem as suas próprias lógicas habituais a par de uma estrutura que especule o espetáculo multifacetado. O seu trabalho assenta sobretudo na noção de crise, desmistificando-a, e propondo-lhe novas dimensões de cariz social, político e histórico, entre outros, no sentido de ir solidificando um discurso cada vez mais urgente acerca de um futuro.

Ao longo do seu percurso, os SillySeason têm procurado um trabalho em colaboração e em rede, contactando com diversos artistas de diferentes áreas, com várias estruturas e instituições distintas.

O Coletivo SillySeason é uma estrutura financiada pela Direção Geral das Artes – República Portuguesa.